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NFTs: O que fica de um dos mercados mais promissores em criptoativos?

Postado por em 6 de October de 2022 , marcado como

Desde o boom do mercado de NFTs o mercado mudou muito e agora vive uma espécie de “entressafra” prolongada em termos de coleções e jogos promissores. Mas o que esperar de um dos mercados mais interessantes que já tivemos no universo dos criptoativos? Será mesmo que estamos testemunhando o fim de um mercado?

Em dois anos vimos a ascensão de um dos mercados mais interessantes e promissores, se tratando dos criptoativos, o dos NFTs, que surgiram como uma espécie de fôlego para o nicho das criptomoedas. E, ao mesmo tempo, pudemos também ver seu declínio, saindo do foco da mídia especializada e até mesmo da mídia convencional, que ficou atraída pelo alto valor que alguns NFTs podiam chegar.

Como explicar a popularidade dos NFTs em 2021?

Quando em 2021 era até mesmo explicar o que era um NFT, mas rapidamente o assunto passou da camada da mídia especializada para chegar até à mídia convencional. Antes relacionada com projetos artísticos, depois relacionada com jogos digitais, a tecnologia por trás dos NFTs fez com que uma nova era fosse iniciada nesse mercado dos ativos digitais.

Por meio dos NFTs uma nova era foi iniciada, sobretudo porque, pela primeira vez, os investidores eram também proprietários de uma imagem, de uma nave espacial de um jogo ou até mesmo de um meme.

Rapidamente, a tecnologia se tornou uma promessa também de um futuro em que poderíamos tokenizar até mesmo as nossas casas.

Com isso, surgiram sucessos, como Axie Infinity, por exemplo, Star Atlas e até mesmo metaversos, como Decentraland. Apenas o primeiro título, Axie Infinity, atingiu um volume de 1 bilhão de dólares em negociações em 2021, sendo o responsável direto por mais de 1/3 de todas as transações ocorridas em jogos baseados em blockchain no ano de 2021, de acordo com um relatório feito pelo Cointelegraph.

Todas as indústrias de jogos e de artes digitais puderam, com os NFTs, levar esse mercado para o “mainstream” por conta da sua grande popularidade. No entanto, sabe-se bem que ela não foi suficiente para sustentar o mercado como um todo e, hoje, temos um vazio importante quando se trata desse tipo de criptoativo, mesmo com jogos e coleções bastante promissoras ainda em negociação.

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Como foi o ano de 2022 para os NFTs

Durante o primeiro trimestre de 2022 os NFTs ainda se mantiveram em alta, com um volume de vendas bastante interessante. Apenas no primeiro semestre do ano foram gastos mais de 2,7 bilhões de dólares em cunhagem de NFTs. Mas mesmo com um início interessante em 2021, alguns pontos negativos começaram a surgir em relação a esse mercado.

O primeiro deles e que merece muito destaque é o fato de que os preços mínimos das obras da coleção Bored Ape Yacht Club caíram para menos de 100 mil dólares, um marco bastante negativo para uma das coleções mais interessantes e mais valiosas no mercado de NFTs.

Esse ano também vimos outros erros que impactam negativamente a coleção, como ativos sendo vendidos por preços módicos, mas aí por erro dos seus próprios proprietários.

Os mercados de NFTs também sentiram a queda. Um deles e o principal, a OpenSea, viu seu volume diário de transações cair cerca de 99% em setembro, quando em relação ao pico do dia primeiro de maio, quando chegou a bater 405 milhões de dólares em um único dia. Já em setembro, em termos relativos, as movimentações caíram para um volume diário de 10 milhões de dólares.

Tratando apenas de coleções individuais, como o BAYC, o volume atual de transações não tem passado de 400 mil dólares, de acordo com o DappRadar.

Com essas condições que cercam o mercado atual de NFTs, podemos esperar que o valor de novas coleções flutue bastante, apagando um tanto do brilho que esse setor poliu ao longo de 2021 e de alguma parte de 2022.

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O que podemos esperar do futuro dos NFTs?

Podemos cravar: o mercado de NFTs continuará a existir e conforme o tempo passar, outras funções serão dadas a esses tipos de ativos digitais, podendo fazer com que, com o tempo, substituam cartórios, por exemplo, ou existam como chaves de autenticação de documentos físicos e virtuais.

Além disso, jogos e coleções continuarão a existir, fazendo com que o público seja cada vez mais motivado a consumir. Achar que esse tipo de mercado deixará de se tornar relevante não é uma opção, sem dúvida.

 

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