A Worldventures é um clube de viagens que atuou no Brasil, o nome da empresa nos Estados Unidos é DreamTrips. Porém, ela é conhecida como outro nome: “viver de viajar”. Existem vários nomes no Brasil, para essa empresa que não operava oficialmente no país.
Um dos principais representantes brasileiros da Worldventures largou a empresa após inúmeras reclamações de clientes.
A Worldventures não colocavam dinheiro no wallet, não dava suporte para os brasileiros e não tinha funcionários no país. Somente representantes comerciais, o que levantou a suspeita de pirâmide financeira.
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Os clubes de viagem são uma novidade no Brasil, funcionam de forma simples. As pessoas pagam para entrar no clube um valor fixo ao mês. Essa pessoa tem direito a um número de pontos para gastar no clube.
Esses pontos são usados como crédito em diárias, viagens e hotéis parceiros. Geralmente os valores prometidos para os participantes são valores abaixo do que em sites e agências do Brasil.
Porém, dentro do clube de viagens nasceu o MMM – Marketing Multinível, esse modelo de negócio previa ganhos sobre a venda de produtos do clube de viagens ou recrutamento de novos membros.
Os representantes da Worldventures Brasil diziam que as pessoas poderiam acumular pontos no clube de viagem. A cada 1 dólar que eles investiam na Worldventures, geraria um ponto para ser gasto.
Esses pontos segundo a Worldventures Brasil, poderiam ser trocados como descontos ou em viagens. Mas não era bem o acontecia.
A empresa vendia seus produtos no Brasil prometendo super descontos, ótimas oportunidades para os participantes do seu clube de viagens. Porém, a Worldventures não explicava que 70% do valor investido na empresa não era para aplicar no clube de viagens.
Exemplo: Se uma pessoa entrava para o clube de viagens da Worldventures, colocava mil dólares, esperando que gerasse mil pontos. Somente 30% desse dinheiro poderia ser aplicado na viagem, hotéis e serviços dentro do site da Worldventures.
Existem várias reclamações da empresa por causa dessa política de investimento, os pontos não eram convertidos 100%. Alguns clientes dizem que a Worldventures comparava seus preços com plataformas famosas e consolidadas no Brasil, como: decolar.com e booking.
Realmente na apresentação parecia vantajoso participar do clube de viagens. Eles vendiam a ideia de que as pessoas poderiam economizar e viajar, portanto viajar estaria acessível para todos.
A Worldventures também vendia a empresa como uma poupança, onde a pessoa colocaria dinheiro e esse dinheiro se transformaria em pontos. Porém, somente 30% do valor poderia ser aplicado em pontos, o restante era bloqueado.
Para algumas pessoas esse investimento saiu mais caro, porque elas tinham que comprar a passagem com 30% do valor investido e mais o valor restante. Os preços ficavam mais caros do que nas outras plataformas. Veja um exemplo real que coletamos no reclame aqui:
Um cliente colocou 1.600 dólares no site da Worldventures esperando que se transformaria em pontos para utilizar em uma viagem. Porém, ele utilizou 30% do valor disponível para viajar, os outros 1.085 dólares saíram do cartão de crédito do cliente.
Sendo que anteriormente ele tinha pago 1.600 dólares pensando que esse dinheiro se transformaria em 1.600 pontos para ser trocado pela viagem, mas não aconteceu.
No site reclame aqui, esse cliente disse que falou com os representantes nos Estados Unidos da empresa afirmaram que não se responsabilizam pelas falsas promessas da Worldventures Brasil.
Resumindo, o cliente gastou: 1600 + 1.085 = 2.685 dólares para viajar. A viagem ficou mais cara do que deveria.
É possível ver inúmeros relatos e experiências negativas de pessoas que consumiram os serviços da Worldventures. As principais reclamações são:
Em uma busca rápida no Reclame Aqui, é possível ler experiências negativas de consumidores com Worldventures.
Os relatos no perfil da DreamTrips no reclame aqui, responsável pela empresa no Brasil, são parecidos. Existiam várias limitações nos benefícios da empresa, exemplo: os pacotes para locais muito longe, como Grécia e países da Ásia, só permitem hospedagem de dois a quatro dias.
Obviamente era inviável para residentes no Brasil comprar viagens internacionais como essa e se hospedar 2 dias.
Além disso, eles citavam valores mais caros por outras plataformas, para vender os planos. Mas no final não compensava entrar no clube de viagens.
A Worldventures oferecia planos de viagens, tecnicamente a pessoa colocava o dinheiro na empresa para transformar em pontos. Os pontos eram aplicados em descontos e viagens.
Parecia vantajoso, mas alguns clientes relatam que não conseguiram utilizar os pontos, principalmente para viagens do exterior. As viagens no exterior tinham limite de dias para os brasileiros, mas eles só descobriam na hora de comprar a passagem.
A empresa não tem nenhum canal de comunicação no Brasil, por isso muitos clientes não conseguiram suporte da empresa e retorno esperado para sua viagem. Não existem milagres, a propaganda da Worldventures para viagens dos sonhos ou viajar fácil não funcionou para muitas pessoas.
Os representantes do Brasil que indicavam a Worldventures ganhavam comissões com essas indicações.
Alguns representantes relatam que a Worldventures era uma pirâmide financeira. Como a agência é internacional, conseguiu passar uma imagem confiável para os associados do clube.
Os associados pagavam mensalmente uma taxa para participar do Clube, mas se convidasse 4 associados não precisariam pagar mais, estranho né? A empresa prometia descontos de 90% em hotéis e 80% em passagens áreas, mas na prática não era o que acontecia.
O fundador da WorldVentures é Wayne Nugent, disse que gostaria de combinar o poder da internet com vendas diretas. A empresa foi criada nos Estados Unidos em 2005.
A WorldVentures fica no Texas e conta com representantes e membros em 50 estados americanos.
No Brasil ela chegou em 2018, porém a empresa não estava legalizada no Brasil. Essa informação vem diretamente da WorldVentures Americana.
Ou seja, as pessoas sabiam que a empresa era americana e mentiram no cadastro para poderem participar do clube de viagens.
A empresa é representada pela americana DreamTrips. Os serviços da DreamTrips são dos Estados Unidos, por isso para se tornar membro a pessoa teria que fraudar a ficha de cadastro e mentir o endereço.
Por isso, existe uma brecha na lei para que a empresa não cumpra a sua obrigação com os clientes brasileiros, afinal esses clientes não estão amparados pela lei americana, eles não residem lá. Portanto, a WorldVentures não é confiável aqui no Brasil.
A reputação da Worldventures no reclame aqui é uma boa reputação, eles possuem 8.8 pontos. Porém, existem reclamações séria, como nesse exemplo:
Worldventures tem reclamações envolvendo principalmente cobranças indevidas e acusações de pirâmide.
Antes de contratar qualquer serviço de viagem consulte as autoridades e órgãos do Brasil, veja se a empresa realmente é séria.
Plataformas de reclamações democráticas como o reclame aqui, ajudam os clientes a terem ciência dos problemas que eles podem enfrentar.
Segundo o Ministério do Turismo qualquer empresa que faça venda de pacotes de viagens necessita de CNPJ da categoria, também precisam de cadastro no Sistema de Cadastro de Pessoas Físicas e Jurídicas atuantes no setor de turismo.
Portanto, pesquise se a empresa tem o cadastro e CNPJ. Se tiver essas são empresas regulamentadas no segmento de turismo e são consideradas seguras.
Não a empresa continua atuando nos EUA. Apesar de ser acusada como pirâmide financeira no Brasil em 2019. A Worldventures não trabalhava legalmente aqui, a maioria dos representantes usava dados falsos.
Alguns representantes do Brasil saíram da Worldventures, representantes que relataram receber mais de 100 mil por mês com a empresa.
Achamos um vídeo no canal SantistaUSA, ele explica como acontecia o esquema e os problemas da empresa. O youtuber mostra o áudio do representante que lucrava 100 mil com a Worldventures Brasil.
Os benefícios que a Worldventures ofereciam eram mediante a duas opções:
O problema é que as pessoas que se cadastraram, davam um endereço falso nos EUA, já que a empresa era irregular no Brasil.
Alguns clientes falam que os representantes do Brasil mentiram no cadastro. Outras tinham consciência da fraude no formulário.
Através de endereços falsos e o Social Security Number de uma pessoa americana era realizado o cadastro dos clientes do Brasil. Por isso, ambos estão errados os brasileiros por falsificarem uma identidade e a empresa por permitir o cadastro de pessoas irregulares.
A empresa consistia no recrutamento de novos membros massivamente no Brasil, realizava treinamentos e seminários para estimular as pessoas a recrutarem mais membros para clube de viagens. O que levantou a suspeita de pirâmide financeira.