O governo da Índia rejeitou formalmente a criptomoeda apoiada pelo Estado da Venezuela, o Petro, mesmo após a tentativa do presidente do país, Nicolas Maduro, de atrair a Índia com um desconto de 30% nas negociações de petróleo.
(Foto: Pixabay)
Dependente da matéria-prima do país latino-americano, uma oferta constante e ininterrupta é fundamental para o crescimento de uma das nações mais populosas do mundo.
A Venezuela, por sua vez, está no meio de um drama econômico agravado pelas sanções impostas pelos Estados Unidos, forçando seu governo a pensar maneiras cada vez mais criativas para sobreviver.
No entanto, a ministra indiana das Relações Exteriores, Sushma Swaraj, explicou: “Não podemos ter nenhum comércio de criptomoedas, já que é proibido pelo Banco Central da Índia. Veremos qual meio podemos usar para o comércio”, falou ela durante uma conferência destinada a fortalecer os laços entre o seu país, a Venezuela e o Irã.
Os dois países cortejam a Índia e são focos da ira econômica dos EUA. O Irã também fornece petróleo para o país asiático e, como já reportamos aqui no Portal Criptoeconomia, está sendo objeto de atitudes mais belicosas da atual administração americana.
Há rumores de que a república islâmica esteja flertando com uma versão de sua própria criptomoeda respaldada pelo Estado. Até agora, apenas a Venezuela lançou uma moeda oficial, especificamente destinada a driblar as sanções impostas.
Resumido, se a Índia fizer o pagamento em Petro, Maduro prometeu descontos substanciais de até 30%. Na conferência, o Irã e a Índia concordaram em renunciar ao uso de dólar americano no futuro comércio de petróleo.
A Índia tem seu próprio relacionamento problemático com as criptomoedas, já que o Banco Central (BC) do País se mobilizou contra sua adoção, empregando medidas legais e policiais para combater o interesse interno.
Não faz nem um mês que o BC indiano baniu todas as instituição sob o seu alcance de negociarem criptomoedas, insistindo que o uso e compra das moedas virtuais são prejudiciais para os investidores.
Alguns críticos traduzem a estratégia da Índia, em não adotar o Petro nas negociações com a Venezuela, como receio das retaliações dos EUA. Especulação que foi desmentida por Swaraj. “Não fazemos nossa política externa sob pressão de outras nações. A Índia segue apenas as sanções da ONU e não as sanções unilaterais de qualquer país”.
Fonte: News.Bitcoin
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