A Minerworld foi uma empresa envolvida com Criptomoedas no passado que veio a falir, acusada de ser uma pirâmide financeira que lesou a economia popular.
Dessa forma, a empresa sofreu várias ações na Justiça Brasileira quando não conseguiu honrar com seus compromissos.
Em decisão recente, o Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS) decidiu arquivar procedimento para apurar o prejuízo deixado pela suposta pirâmide.
A decisão, por sua vez, não extingue o processo que ainda corre na Polícia Federal a respeito do caso.
A decisão da 43ª Promotoria de Justiça do Consumidor da comarca de Campo Grande foi publicada na última quinta-feira (10) no Diário Oficial do Estado do Mato Grosso do Sul.
A Operação Lucro Fácil ocorreu em 2018 e foi a responsável pela desarticulação da Minerworld.
Frise-se que empresa prometia rentabilidade com supostas operações com Bitcoin, trade e mineração de BTC.
Todavia, muitos suspeitam que era tudo fachada para a operação de um esquema fraudulento.
Também, foram alvo da operação as empresas Bit Ofertas e Bitpago.
O promotor público responsável pela Ação Civil Coletiva, Luiz Eduardo Lemos de Almeida, indicou que a Minerworld deixou prejuízo aos consumidores de até R$ 300 milhões.
Todavia, ele admite que há o risco de não haver patrimônio suficiente para ressarcir as pessoas nesse montante.
Até o mês de junho, a Justiça somente conseguiu bloquear R$ 43 milhões ligados à empresa de alguma coisa.
A suspeita é que a empresa mascarava uma pirâmide financeira que veio abaixo quanto o golpe se tornou grande demais.
Houve nos autos um pedido dos sócios da Bitpago Soluções de Pagamento LTDA. e Bit Ofertas Informática LTDA-ME para serem excluídos do processo aberto pelo Ministério Público contra a Minerworld. O juiz indeferiu o pedido.
Dessa forma, a Justiça não aceitou os argumentos oferecidos pelos sócios da Bit Ofertas e da BitPago.
A Justiça ainda determinou que tais empresas sejam mantidas como réus no processo o que, eventualmente, pode significar bloqueio de bens e valores para ressarcir as vítimas.
O entendimento foi de que o MP conseguiu configurar que as empresas eram parte de um todo que participou do suposto golpe.
Empresas que apresentam prometendo lucros exorbitantes com criptomoedas, em geral são golpes disfarçados.
Mas isso não quer dizer que seja impossível ganhar muito dinheiro nessa área.
Mas é importante saber que para que isso as pessoas envolvidas precisam entender como funciona essa tecnologia e esse mercado, coisas que poucos estão dispostos a fazer.
Aliás, mesmo quem entende da tecnologia e do mercado pode ter prejuízos, uma vez que estamos tratando de um mercado de alto risco de renda variável.
Apesar do Conselho do Ministério Público Estadual do Mato Grosso do Sul (MPMS) ter decidido arquivar o processo aberto contra a Minwerworld, os problemas não terminaram.
Todavia, o processo em âmbito Federal e conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal, (PF) e Justiça Federal, ainda está em aberto e será levado até o fim.
Inclusive, um dos argumentos do MPMS para o arquivamento do processo é justamente a existência de investigações em nível Federal.
Assim, resta às vítimas aguardarem as decisões judiciais para receberem algum ressarcimento em cima do que perderam com a empresa.
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