Regulamentação

Russia planeja desenvolver sistema para identificar mineradores de criptomoedas

Postado por em 29 de January de 2018 , marcado como , , , , ,

Um dos ministérios do governo russo está preparando um projeto de lei para regulamentar a mineração de criptomoedas que, segundo notícias, inclui um “sistema especial” para detectar mineradores. Além disso, pode haver um congelamento dos impostos por dois anos para esses usuários, bem como quotas de energia e tarifas especiais.

(Foto: Pixabay)

Sistema para detectar mineradores

O Ministério das Comunicações e Mídias de Massa da Rússia informou que está desenvolvendo um sistema para identificar mineradores de criptomoedas do país para que eles possam ser tributados, reportou o portal Vedomosti, na semana passada. Segundo a publicação:

“Haverá um sistema especial para detectar mineradores de acordo com a estrutura atual de consumo e do tráfego da internet, correlacionando a capacidade de mineração dos equipamentos com a quantidade de criptomoedas que os mineradores declaram nas exchanges”.

De acordo com a publicação, duas pessoas familiarizadas com o assunto confirmaram que estas informações estão incluídas no regulamento de mineração preparado pelo Ministério das Comunicações. Espera-se que o projeto de lei seja submetido aos congressistas de Duma até o dia 1˚ de fevereiro.

Esta não é a primeira vez que a Rússia explorou maneiras de identificar os mineradores. Em outubro, o presidente do Comitê Estadual de Duma sobre Mercados Financeiros, Anatoly Aksakov, ressaltou a possibilidade de usar o consumo de eletricidade para rastrear os mineradores de criptomoedas.

A viabilidade do método de rastreamento

O Ministério da Energia acredita que “tecnicamente, isto é possível, mas é necessário entender que tais processos e atividades deveriam ser economicamente viáveis”, destacou a agência de notícias Ria Novosti. “Talvez valha a pena monitorar apenas os grandes nós que fornecem essas atividades em escala industrial”, explicou o ministério.

Especialistas disseram à imprensa que “a questão principal é como as autoridades irão diferenciar as contas dos consumidores que ganham criptomoedas daqueles que assistem TV e utilizam o aquecedor nos apartamentos”, acrescentando que: “É extremamente difícil rastrear se um usuário está minerando criptomoedas ou baixando uma série ou filme.”

“A detecção dos mineradores pelo perfil do consumo de energia e tráfego na internet será muito difícil de acontecer”, explicou Andrei Koptelov, diretor do Centro de Pesquisas Econômicas da Universidade de Synergy. “É virtualmente impossível distinguir entre quem consome eletricidade em uma fazenda de mineração ou com um aquecedor domésticos, e os meios de redes virtuais privadas permitem criptografar o tráfego”.

Incentivos fiscais, quotas de energia e tarifas especiais

Embora enfatizando que a mineração de criptomoedas será taxada, a RBC reportou que o Ministério das Comunicações está considerando benefícios especiais para os mineradores. “ O mineradores iniciantes terão dois anos de incentivos fiscais com contabilidade compulsória. Então eles serão obrigados a pagar imposto [de renda] sobre o lucro, mas não pagarão o VAT”.

No entanto, o ministro das finanças, Alexei Moiseev, revelou a repórteres que seu ministério “não vê a necessidade de incentivos fiscais para mineradores”, noticiou a agência Ria Novosti. Além disso, o Ministério das Comunicações também planeja dar aos mineradores “quotas de energia e tarifas especiais”, detalhou o noticiário.

Na última semana, um representante do Ministério da Energia participou da reunião conduzida pelo Ministério das Comunicações para discutir a regulamentação da mineração de criptomoedas na Rússia. “Até agora, ninguém foi capaz de explicar o por quê de haver tarifas especiais para esses usuários, ponderou o ministro de energia. “Atualmente na federação Russa as tarifas existentes estão entre as mais baixas do mundo, o que já torna as ferramentas de computação bastante atraentes”, destacou a assessoria de imprensa do Ministério.

Fonte: News.Bitcoin

Siga o Criptoeconomia nas redes sociais!