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Resumão: o que movimentou o mercado na semana de 30/08 a 03/09

Postado por em 5 de September de 2021 , marcado como

A semana começou positiva no mercado lá fora e isso foi graças a agenda econômica no radar dos investidores, com novos dados econômicos domésticos e internacionais que traz confiança em uma recuperação econômica. No entanto, Brasil não consegue se manter e amarga perda de 3,1% na semana.

ECONOMIA

             A agenda econômica no Brasil girou em torno da inflação e do PIB do segundo trimestre essa semana. Indicadores muito importantes para direcionar o rumo da política monetária do país nos próximos meses, políticas essas administradas pelo Banco Central do Brasil. O ministro da economia, Paulo Guedes, admitiu uma inflação em torno de 7% ao fim de 2021 e fala sobre o pior momento em relação a esse indicador. Ainda assim o BACEN manteve a projeção da taxa Selic no começo da semana em 7,5%.

Em relação ao PIB brasileiro, um dos dados econômicos mais comentados na semana, houve um recuo de 0,1% no período, com resultado fraco da Agropecuária que teve queda de 2,8% seguida pela indústria que caiu 0,2%. Dos outros indicadores que compõe o PIB, houve crescimento nos serviços em 0,7%, já o consumo das famílias ficou estagnado. Apesar de um resultado frustrante já que os analistas esperavam um crescimento de 0,2% no segundo semestre, a economia brasileira se manteve no patamar pré-pandemia.

MERCADO FINANCEIRO

         No mercado Financeiro, o Brasil começou a semana sem conseguir acompanhar a maré boa da bolsa norte-americana. Na segunda o Ibovespa caiu 0,78%, causado por ruídos em Brasília entre os poderes e incertezas na agenda das reformas. Nos Estados Unidos por sua vez, parece que não há tempo ruim. O S&P 500 teve alta de 0,43%, renovando a máxima histórica. Mas não foi só na segunda que a bolsa amargou perdas, só na quinta feira o Ibovespa caiu 2,28%, chegando aos 116 mil pontos. Na semana a queda foi de 3,1%, pior performance desde fevereiro, isso se justifica pela cautela pré-feriado do dia 07 de setembro.

Além do baixo desempenho da bolsa, o que também foi assunto da semana no mercado é um novo sinal de interferência na Petrobrás, isso porque o Presidente, Jair Bolsonaro, disse aos seus apoiadores no Planalto que deverá agir no preço do combustível. Esse posicionamento vem junto a uma forte pressão crescente do preço da gasolina, que superou os R$ 7 por litro. Para os investidores a fala chegou como recado de uma nova interferência, que se confirmada terá impacto negativo na geração de receita. A ação preferencial da Petrobras cedeu 3,6% na terça feira.

 

   Uma das coisas que o mercado mais gosta é de notícia de privatizações, pois é, e a privatização da Eletrobrás esta cada vez mais perto. Foi anunciado durante a semana que a empresa, hoje estatal, pagará R$ 23 bilhões à União para ter os contratos de 22 usinas renovados, esse desembolso só sairá quando a empresa for vendida. Com o burburinho das negociações, os papeis da Eletrobrás na bolsa subiram mais de 2%.

Quem desabou na bolsa foi a OI, a empresa afundou 8% no pregão da quarta feira com a notícia de que a Anatel irá investigar a venda da sua sede móvel para as concorrentes, Vivo, Tim e Claro.

 

BANCOS ESTATAIS X FEBRABAM

            O entrave entre a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil contra a Federação Brasileira de Bancos também tomaram conta dos noticiários essa semana, isso porque as instituições, ambas estatais, decidiram sair a federação após a mesma assinar um documento que pede “harmonia entre os três poderes”. Isso suou como uma atitude política para os dois bancos que não gostaram da “alfinetada”. A Febrabam se pronunciou sobre o assunto e disse que não participou da elaboração do texto da Fiesp.

 

POLÍTICA

            A Câmara finalmente votou Reforma do IR. Depois de três adiamentos, os Deputados aprovaram o teto-base da Reforma do IR. A versão prevê corte de 7% na alíquota do Imposto de Renda para as empresas, caindo de 15% para 8%. Além desse dado, outro importante ponto de atenção na Reforma é a inclusão da taxação de 20% sobre lucros e Dividendos, hoje isento de tributação. Fundos Imobiliários e Fundos de Ações ficam de fora da tributação de dividendos. Quem sofreu bastante com a reforma foram os bancos. Itaú e Bradesco recuaram 3%, Santander 4% e Banco do Brasil 5%.

CRISE HIDRICA

A Aneel anunciou uma nova bandeira tarifária, com aumento de 50% em relação à bandeira vermelha patamar 2. A chamada “bandeira de escassez hídrica” pesará sobre a inflação e, consequentemente, sobre o bolso da população. Os investidores de elétricas, contudo, parecem estar menos preocupados. As ações da Copel (CPLE6) subiram 3,8% na quarta, também tiveram alta no setor a Eneva (ENEV3), com ala de 4,02%. A Equatorial (EQTL3) e Engie (EGIE3) subiram pouco mais de 3%. A ações da Light (LIGT3) dispararam 7,44%. É importante mencionar que o Brasil passa pela maior crise hídrica dos últimos 91 anos, as chances de racionamento aumentou de 5,5% para 17,2% em relação ao primeiro semestre.

Variação do Ibovespa na Semana: 

Fechamento em 03/09:
Ibovespa: +0,22%/ 116,933 pontos
Dólar: +0,03/ R$ 5,19
Euro: +0,05%/ R$ 6,16
Bitcoin: + 3,75%/R$ 261.883
Ouro: 1 g/R$ 303,78

Estados Unidos:
Dow Jones: – 0,21%/35.369 pontos
S&P 500: -0,03%/4.535 pontos
Nasdaq: +0,21%/15.363 pontos.

 

 

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