Renan Calheiros na CPI: ‘Créptmoeda’ e ‘Bitcoio’ viram memes na internet

Na CPI da Covid, o senador Renan Calheiros virou meme na internet por falar “créptomoeda” e “Bitcoio”, tentando se referir a criptomoeda e bitcoin.

CPI da Covid gera memes sobre criptomoedas

Renan Calheiros, senador e relator da CPI da Covid no Senado Federal, virou meme na internet.

O fato ocorreu após a sessão onde Luciano Hang, empresário dono das lojas Havan e bolsonarista, foi ouvido a respeito do “Kit Covid” e o rebuliço da Prevent Senior.

Luciano Hang apoia o governo de Jair Bolsonaro e foi à CPI para responder perguntas a respeito de supostas acusações de patrocinar redes de fake news.

Renan Calheiros questionou a respeito do possível uso de criptoativos para patrocinar estas redes, mas o questionamento foi um pouco inesperado:

“Em algum momento o senhor operou com Créptomoeda ou Bitcóio ou outro…?

Hang respondeu:

“Nem sei o que é isso.”

Renan insistiu:

“Não operou?”

Hang afirmou:

“Zero, eu não conheço o que é Bitcoin”

O questionamento do senador, falando as palavras mais básicas do mundo cripto de maneira errada, se tornou motivo de chacota na internet.

Não é a primeira vez que criptomoedas são mencionadas no Senado

No decorrer de outra sessão CPI da Covid, na TV Senado, no mês de julho, Cristiano Carvalho que é representante da Davati Medical Supply no Brasil, foi ouvido como testemunha.

Cristiano Carvalho foi interrogado a respeito do suposto esquema de propina abrangendo a compra de vacinas AstraZeneca.

De acordo com o empresário, a atuação dele nos acordos teria iniciado no começo do mês de fevereiro do ano de 2021, com ligações recebidas e que foram realizadas por Roberto Dias, que na época era diretor de Logística do Ministério da Saúde.

Em uma das perguntas, a senadora Eliziane Gama, do partido Cidadania, do Maranhão, questionou:

“O Dominguetti pede uma conta ao Coronel Blanco [que era assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde], referente a um depósito de 1 milhão de dólares, o senhor teve informação sobre isso?”

Cristiano respondeu:

“Aparentemente, eles estavam fazendo negociações de Bitcoins. Eles queriam movimentar o dinheiro, acredito que, do Blanco, para comprar Bitcoins e depois comprar vacinas, aparentemente foi isso.

Mensagens expostas pela CPI da Covid revelaram que Luiz Paulo Dominghetti e Marcelo Blanco utilizaram-se do Ministério da Saúde para tentar fechar contratos fraudulentos com propina em criptomoedas.

De acordo com as mensagens, com uma suposta liberação do governo, Dominghetti comenta que os contrato já deveriam ser enviados, falando a respeito das 400 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca que chegariam da Índia.

No dia 1 de março, o Tenente-Coronel apresentou confiança com o fechamento da transação e apenas uma semana depois, no dia 8 de março, Dominghetti solicita uma conta para transferência: “Vamos depositar 1 milhão de dólares agora”, ele escreveu.

As mensagens ainda mencionam uma suposta competição de outros grupos que seriam capazes de dificultar o “negócio”. Eles mencionam um “Eduardo” na mensagem, porém não muito esclarecedor quem seria essa pessoa. Eles disseram que precisariam acertar com “Edinho e todo o grupo”.

Enfim, Dominghetti questiona a respeito do progresso das transações e da conta para o pagamento da suposta propina, Blanco diz que não confia que o negócio vá pra frente “por conta de informações que não deixaram os operadores confortáveis” e que “não sentiram firmeza”.

O Policial Militar, que ainda é um policial da ativa, aponta que seriam usados criptoativos na negociação, num sinal de que os envolvidos iriam receber a propina em criptomoedas para tentar fugir dos regulamentos das autoridades.

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