Regulamentação

Real Digital começará sua fase de testes em 2023

Postado por em 6 de June de 2022 , marcado como , ,

De acordo com informações do economista do Banco Central Fábio Araújo, em 2023 serão iniciados os testes que permitirão a implementação do projeto intitulado Real Digital.

Há pouco mais de dois meses, Fábio Araújo havia informado que os testes teriam início ainda em 2022, na versão piloto do projeto. No entanto, com a greve dos servidores do Banco Central, o cronograma sofreu uma série de atrasos que não permitirão que ele tenha seu início ainda em 2022.

Segundo Fábio, os planos de iniciar os testes em sua versão piloto ainda em 2022 foi adiado para, pelo menos, o fim do ano, dado que a greve paralisou totalmente o projeto, que não é considerado como de primeira necessidade.

Se tudo ocorrer da forma prevista até lá, na segunda metade de 2024 será possível lançar o Real Digital ao mercado.

Todas essas informações foram obtidas por meio de uma declaração feita pelo economista em um evento que foi promovido pela Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, na última segunda-feira, dia 30 de maio.

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Por dentro do projeto do Real Digital

O anúncio de que havia um projeto para a criação de uma versão da nossa moeda corrente, o Real, foi feito ainda em 2021 e confirmado no início de 2022, quando novas informações a respeito do objetivo que está relacionado com o lançamento da moeda digital vieram ao público.

De acordo com o Banco Central, o Real Digital funcionará como uma espécie de extensão da moeda física, mas que será diferente do que são as criptomoedas, dado que ele não será, sob nenhuma hipótese, descentralizado.

A moeda digital brasileira será totalmente garantida pelo Banco Central do Brasil e permitirá que o público que aderir a ela utilize-a em diferentes projetos e em diferentes tecnologias, como pagamento descomplicado em outros países e, até mesmo, smart contracts, bem como com a Internet das Coisas e suas inovações.

No entanto, a utilização do Real Digital será, ainda, bastante similar ao que é, hoje, com as criptomoedas, pois irá exigir que seus usuários contratem uma carteira digital. Ainda assim, as carteiras que são utilizadas para armazenar criptomoedas ainda não são compatíveis com a tecnologia do Banco Central, que terá suporte, pelo menos nesse primeiro momento, apenas à sua carteira própria.

Outras carteiras poderão, no entanto, ser desenvolvidas com o suporte necessário para o funcionamento do Real Digital, desde que sejam previamente autorizadas pelo próprio Banco Central, que irá aferir as suas reais camadas e protocolos de segurança para seus usuários.

Ainda assim, nada impedirá que bancos e outras instituições financeiras criem seus próprios serviços para armazenamento da nova moeda brasileira.

A princípio, pelo menos, devemos compreender o Real Digital como uma opção a mais para o consumidor, dado que serão uma cédula virtual, tal qual as cédulas convencionais. No entanto, a diferença é que poderemos utilizar essa moeda virtual para fazer pagamentos, depósitos e qualquer uso convencional do dinheiro, seja em formato virtual, seja em formato físico.

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Benefícios diretos em relação à nova moeda digital já podem ser percebidos, muito antes do seu lançamento

A criação do Real Digital seguirá e cumprirá leis, recomendações e determinações que guiam a forma como o mercado se comporta mundo à fora e, por conta disso, será muito mais robusta em relação à segurança do usuário, além de, também, conter mecanismos que previnirão crimes financeiros, tal como lavagem de dinheiro, financiamento a organizações criminosas – como terrorismo, cyber terrorismo, criação de armas de destruição em massa ou até mesmo instituições que se coloquem do lado de fora dos termos da lei.

Além disso, a criação do Real Digital mira em experiências de outros países que já moveram esforços para a criação das suas próprias moedas digitais e as equipes de desenvolvimento envolvidas no projeto estão estudando e avaliando experiências e dados internacionais relacionados ao processo de criação de moedas fiduciárias digitais.

É fato que o que todos os países que já utilizam as moedas digitais têm em comum é a forma como se enxerga o potencial desse novo sistema de circulação de dinheiro, que permite que o mercado se aperfeiçoe, bem como se torne cada vez mais efetivo em seus mecanismos de controle e segurança financeira.

Outro fato é que a adoção das moedas digitais permite também a inclusão financeira da população, que, muitas vezes, segue à margem de qualquer sistema bancário.

 

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