OpenSea nega suporte para forks da Ethereum que se mantenham em proof-of-work
A OpenSea é a maior plataforma de comercialização de NFTs do mercado e, em virtude do The Merge que acontecerá na rede da Ethereum, afirmou que não planeja apoiar projetos baseados em forks da rede que mantenham-se na forma de validação proof of work, que a rede está abandonando com essa grande atualização e que irá manter-se apenas associada às redes que forem atualizadas para a proof of stake, tão logo o The Merge for completado.
De acordo com uma série de tweets que a OpenSea divulgou ainda no final de agosto, o posicionamento da empresa é muito claro: não haverá qualquer apoio para forks da rede que mantenham-se com a prova de trabalho ao invés da prova de participação. Nesse caso, a rede apoiará somente os forks que se mantenham atualizados com as novas diretrizes de funcionamento da rede principal da Ethereum, que terá a validação em prova de participação.
Segundo informações do The Block, até esse momento mais de 32 bilhões de NFTs cunhados na rede da Ethereum foram negociados na OpenSea, que, com isso, se torna o maior e o mais importante mercado de NFTs da Internet como um todo, sendo abrigo para coleções, para jogos e para artistas independentes que buscam nesse mercado mais uma forma de divulgação da sua arte.
Como será o The Merge na OpenSea
A OpenSea garantiu, por meio da mesma série de tweets, que a transição do The Merge acontecerá de forma simples e bastante suave, mas, ainda, assim, reconheceu que a situação exige prevenção, cuidados, gerenciamento, monitoramento e comunicação por parte das suas equipes.
Em relação aos forks, a OpenSea garantiu que não há especulação e nem mesmo garantias sobre novos forks, mas afirmou novamente que o The Merge será um divisor de águas dentro do mercado de NFTs e que não há nem mesmo a hipótese de oferecer suporte para NFTs cunhados em forks proof of work depois da mudança que a blockchain fará para proof of stake.
Outras empresas também estão se manifestando em relação a possíveis forks da Ethereum que persistam na prova de trabalho
A OpenSea, teve uma posição bastante radical contra as novas redes que poderão surgir logo após o The Merge da Ethereum e que persistirão com a prova de trabalho ativa e não seguirão com a rede principal após a mudança para a prova de participação. No entanto, outras empresas também com seus negócios focados em criptomoedas adotaram uma postura um tanto quanto diferente do mercado de NFTs.
Uma delas, a exchange Bitfinex, disse que irá oferecer diferentes opções para os seus traders caso o The Merge faça com que novas versões da rede Ethereum sejam concretizadas.
Nesse momento, a corretora já listou um novo token chamado de ETHW, que é o token baseado ainda em seu sistema de validação de prova de trabalho.
A Coinbase é outra entre as principais corretoras do mercado que está considerando dar também ao token ETHW uma posição em seu cardápio de criptoativos, criando, dessa forma, um “campo de jogo mais nivelado”. De acordo com a exchange, qualquer token bifurcado será apropriadamente revisado utilizando o mesmo rigor de qualquer outro criptoativo que já foi e ainda será listado na Coinbase.
Já a Circle, empresa que está por trás do projeto da USDC – USD Coin -, que é a maior stablecoin do mercado, segue bastante firme em sua posição, que é bastante à da OpenSea.
De acordo com a Circle, só haverá apoio para a Ethereum atualizada e não haverá qualquer suporte para outros forks que possam surgir no mercado.
Será que o passo dado pela OpenSea é o mais seguro?
Quando ocorre um fork em uma rede o que acontece, na prática, é que outra rede passa a existir de forma independente à primeira.
Assim, o que temos como resultado são dois processos distintos rodando de forma paralela ao invés da unidade que tínhamos antes, com um só token e um só processo de validação.
Qualquer pessoa, na prática, pode criar um fork, pois basta que se tenha conhecimento acumulado para fazer tal tipo de negócio.
Dessa forma, certamente teremos forks da rede Ethereum, mantendo ainda a forma de validação que a rede principal está abandonando. Isso é apenas questão de tempo – e de segurança, de confiabilidade…
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