O ex-funcionário do banco Goldman Sachs, que virou desenvolvedor e ativista, não quer falar muito sobre seu novo projeto, mas ele é ambicioso: um esforço que acredita poder ajudar em breve milhares de pessoas que vivem sob um dos regimes monetários mais opressivos do mundo. O nome dele é Jonathan Wheeler e ele quer colocar Bitcoin nas mãos dos venezuelano, por meio de um enorme lançamento eletrônico.
(Foto: Pixabay)
O governo venezuelano rotineiramente reprime pessoas com opiniões políticas divergentes e já chegou a proibir as tecnologias que os cidadãos usam para contornar a censura.
Ainda assim, Wheeler está empenhado para tentar ajudar o país por meio de mudanças políticas. Seu objetivo é utilizar o Bitcoin para sufocar uma crise econômica com severos desdobramentos, como a falta de comida e artigos de necessidades básicas.
“Para ter maior probabilidade de sucesso , isso tem que ser feito em massa. Estamos tentando fazer disso uma missão colaborativa em grande escala para ajudar pessoas que sofrem com a tirania financeira”.
Ele admite que é uma ideia ousada (talvez até louca), mas ele está tão determinado que deixou seu emprego na Goldman Sachs, em fevereiro, para se dedicar a causa. Depois disso, ele requisitou a ajuda da empreendedora Morgan Crena e juntos formaram uma fundação sem fins lucrativos chamada Pale Blue Fundation.
Poucos meses depois, o projeto agora conta com 15 pessoas, incluindo vários cidadãos venezuelanos.
Não é de hoje que algumas comunidades de criptomoedas, como a zcash e a dash, vêm tentando ajudar a população da Venezuela, de alguma forma. Os esforços são grandes, mas até agora eles tiveram pouca praticidade.
Wheeler e Crena, no entanto, argumentam que isso se resume a uma falta de foco na usabilidade. Por isso, a Pale Blue está em negociação com várias empresas de Bitcoin para ajudá-las com seus objetivos.
Através da Lightning Network os fundadores pretendem aproveitar a tecnologia dos contratos inteligentes para que os indivíduos façam transações escaláveis. Eles também esperam contar com a ajuda das Nações Unidas.
De todos os blockahin existentes, eles escolheram o Bitcoin porque acreditam na sua capacidade de estar amplamente disponível para lidar com a maioria das transações.
“Estamos focados no Bitcoin porque acreditamos ser a solução mais viável com o maior potencial mundial”, comentou Wheeler.
Nessa fase, eles estão procurando doadores para a causa, com ambições de um dia ir além da Venezuela para ajudar outros países que enfrentem crises humanitárias.
Quando questionado sobre o porque escolheram a Venezuela, Wheeler é categórico: “Temos que começar por algum lugar”.
Fonte: Coindesk