Geral Mercado

O que movimentou o mercado na semana de 13/09 a 17/09

Postado por em 19 de September de 2021 , marcado como

Após uma semana de perdas para o mercado, a semana começou com alívio, isso por causa das novas avaliações dos investidores para a economia além das preocupações com a variante delta ter dado uma amenizada. Em geral, durante toda a semana as atenções ficaram voltadas para a política monetária mundial.

 

MERCADO

Na segunda o que deu o tom n o mercado foi a recuperação. Depois de 5 dias consecutivos no vermelho, interrompendo uma sequência de máximas históricas, as bolsas estadunidenses voltaram a subir e, com otimismo de Wall Street, o restante do mundo foi no embalo. Um alívio nas commodities também colaborou com o clima otimista no começo da semana.

No Brasil, o cenário ficou ameno do ponto de vista político, mesmo com as manifestações contrárias ao presidente, Jair Bolsonaro, fizeram com que o Ibovespa fechasse em alta de 1,85%, puxada pela Petrobrás e banco em meio a alívio político.

Nos EUA também há um suspiro quanto a pandemia, a média móvel de casos da Covid-19 caiu de 157 mil para 136 mil desde o fim de agosto.

Mesmo com um começo bom no mercado no meio da semana, o Ibovespa na terça com baixa de 0,19%, isso porque os blue chips tiveram viés negativo dos EUA, além das atenções voltadas para a política monetária no país com a próxima reunião do Copom se aproximando. Falando da Selic, aparentemente, a taxa de um dígito no Brasil ficará na história. Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a autoridade monetária elevará a Selic “até onde for necessário”.

Nos EUA os mercados voltaram a cair com os investidores esperando por novas informações da agenda econômica.

Na quarta também foi dia de queda na bolsa brasileira, recuando 0,96%, contrariando os índices internacionais, isso por causa de dados fracos vindos da China pressionando a cotação do minério de ferro, pesando sobre a vale (VALE3), maior posição acionária do índice. Adentrando no ponto do minério de ferro, a commodity despencou cerca de 50% desde sua máxima histórica, parece que é o fim de uma maré boa. Na sexta o Ibovespa recuou mais de 1% fechando o terceiro dia seguido no vermelho influenciado entre outros fatores pelo minério.

Já nos EUA, o viés foi positivo, com o S&P subindo 0,85%, se aproximando da marca de 4.500 pontos. Na sexta o índice recuou 0,16% com o mercado avaliando qual será o posicionamento do Fed na reunião que se inicia na próxima semana.

PETROBRÁS

A Petrobrás é uma estatal que além de ter responsabilidades para com seus acionistas, também tem com a sociedade, e com o preço dos combustíveis nas alturas, o presidente da Câmara, Arthur Lira, levantou essa questão durante a semana. O atual presidente da empresa, General Joaquim Silva e Luna, disse que a mudança de preço da commodity tem caráter permanente e que a empresa procura entender ao máximo a lógica de mercado.

 

QUERIDINHA DA SEMANA

Os investidores da Raízen (RAIZ4) tiveram motivos para comemorar essa semana. Isso porque grandes instituições se mostraram animados com a companhia novata na bolsa. O Bradesco BBI disse que as ações da empresa valem R$10,00, o mesmo alvo do Credit Suisse. Já o BTG Pactual enxerga um valor justo de R$11,00 por papel, enquanto o Bank of América entende que a ações podem subir até R$12,00. Todos os bancos recomendam a compra, com base na tendência de investimento em energias renováveis. Lembrando que o IPO da Raízen aconteceu em agosto e movimentou R$ 6,9 bilhões na B3. A companhia utilizará 80% dos recursos líquidos justamente para a expansão de produtos renováveis.

ECONOMIA

 

A economia brasileira ameaçava crescer quando chegou a pandemia do novo coronavírus. Segundo especialistas do mercado, o país vive, há um tempo, um estado de estagflação, ou seja, a economia não avança, mas a inflação sempre deixa rastros. Desde 2012 o Brasil cresceu em média 0,4% ao ano. Isso é quase uma década de avanço nulo, já a inflação vem se mostrado forte. Em 2015 ela foi de 10,67%, em 2017 caiu para 2,95%.

O dólar também marca forte a instabilidade do mercado. Entre as crises institucionais, risco fiscal, trégua entre os poderes e tentativa de avanço nas reformas, o dólar continua em patamares altos, mesmo que no acúmulo do ano a variação seja pequena, ele ainda se mantém acima do que especialistas entendem como o “justo”. Muito ainda projetam que a moeda norte-americana termine o ano em R$5,00, a queda é sustentada na volatilidade do real nas últimas semanas, voltando às médias históricas. O que podemos chamar atenção aqui é que o dólar é incontestavelmente forte e mesmo não sabendo para que lado ele vai, é sempre bom investir em ativos lastreados em moedas com esse perfil.

CHINA

Após uma série de conflitos e desentendimentos, o governo da China forçará o Alibaba (BABA34) a desmembrar o Alipay, sua intech. Pequim quer promover uma grande reestruturação na empresa, separando produtos de crédito das demais atividades. Antes, os reguladores do país já haviam ordenado que o Ant Group, também do Alibaba Grupo, fosse separado. As duas unidades de crédito da empresa são Huabei, semelhante a um serviço de cartão de crédito.

 

DE OLHO NAS EMPRESAS

Gerdau (GGBR4) e a Petrobrás fecharam um contrato de fornecimento de gás natural no mercado livre para a unidade da siderúrgica em Ouro Branco, Minas Gerais.

BRF (BRFS3) fará um investimento de R$ 51 milhões na sua plana localizada em Marau, RS, para modernizar as instalações e ampliar a produção de salsichas.

A Indústrias Romi (ROMI3) anunciou que fará a distribuição de R$ 16,86 milhões em dividendos, e de R$ 9,53 milhões em juros sobre capital próprio (JCP).

A Hermes Pardini (PARD3) anunciou que fará pagamento de R$ 9,24 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP), referente ao terceiro trimestre deste ano.

Vale aprova distribuição bilionária de dividendos. Mesmo recuando mais de 4% em um único dia devido as cotações do minério de ferro, o que tem sido uma dor de cabeça para a companhia, a Vale anunciou o pagamento de R$ 8,10 por ação em dividendos. A distribuição total será de R$ 40,2 bilhões.

RESUMO DA SEXTA (17/09)

IBOV: -2,07% / 111.439 pts
Dólar: +0,33% / R$ 5,2866
Euro: +0,08% / R$ 6,2013
Bitcoin: +1,75% / R$ 250.781
Ouro: 1g / R$ 303,78

Nova York
Dow Jones: -0,48% / 34.584 pts
S&P 500: -0,91% / 4.432 pts
Nasdaq: -0,91% / 15.043 pts

Altas: 
RADL3: +1,69% a R$ 26,54
MGLU3: +1,22% a R$ 16,57
NTCO3: +1,14% a R$ 48,10
IGTA3: +0,90% a R$ 32,34
ENGI11: +0,69% a R$ 43,52

Baixas:
GGBR4: -6,59% a R$ 24,66
BIDI11: -5,95% a R$ 60,70
GOAU4: -5,59% a R$ 11,48
BRKM5: -5,44% a R$ 65,71
BIDI4: -5,39% a R$ 19,83

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