Alaeddin Boroujerdi, parlamentar iraniano, pediu a proibição do popular aplicativos de mensagens Telegram, após lançamento de uma Oferta Inicial de Moeda (ICO). A autoridade teme a posição de monopólio do app no país e possíveis prejuízos à moeda nacional.
A proposta recebeu apoio de Hassan Firouzabadi, secretario do Alto Conselho do Ciberespaço do Irã, que afirmou que “o Telegram nunca concordou em ter um escritório no país e se recusou a trabalhar com o setor privado”, acrescentando que a criptomoeda do Telegram prejudicará a moeda nacional. “Não podemos permitir que essa moeda virtual entre no país”.
Boroujerdi afirmou que a decisão foi tomada “nos níveis mais altos”, enfatizando que “o Telegram será substituído por um aplicativo doméstico”.
Além das preocupações relativas a ICO do Telegram, muitos analistas argumentam que a oposição do governo ao app é uma forma de censurar e desarticular a organização de manifestações populares, como ocorreu em 2017, por todo o país.
Firouzabadi ainda previu que o tempo de vida do fenômeno das criptomoedas será de aproximadamente “10 anos”, argumentando que “durante esse período, aproximadamente US$ 50 bilhões serão retirados do pais. Mas se o preço cair na calada da noite, as pessoas vão protestar porque não houve monitoramento”.
O chefe da comissão judiciária do Irã, Jalili Rahimi Jahanabadi, negou a declaração de que o banimento do Telegram foi discutido durante sessão parlamentar.
Jahanabadi defendeu o direito de expressão do povo, argumentando que “não se pode ignorar o direito inalienável das pessoas à comunicação”.
O parlamentar Tayebeh Siavoshi, também informou à imprensa que perguntou “ao ministro das comunicações sobre os rumores de bloqueio do Telegram”, ao qual foi informado que “é possível, mas eu sou veementemente contra o bloqueio como única solução”.
Devido as declarações contraditórias sobre o Telegram nos últimos dias, o presidente Rouhani afirmou que “ter um aplicativo iraniano de mensagem forte, seguro e econômico, que possa resolver as necessidades da população, certamente fará com que todos se sintam orgulhosos”.
No entanto, Rouhani acrescentou que “o objetivo de criar e aprimorar aplicativos de software e mensagens nacionais não deveria bloquear o acesso [a outros aplicativos], mas contribuir para o fim de um monopólio”.
O pronunciamento sugere seu desejo de permitir a competição entre aplicativos de mensagens e a relutância em adotar medidas proibitivas.
O parlamentar iraniano Jalal Mirzaei, apoiou a decisão do presidente afirmando que “não devemos esquecer que 200 mil oportunidades de empregos serão perdidas, ao bloquear o Telegram”.
Mirzaei ainda citou o presidente Rouhani afirmando que “ninguém se opões a quebra do monopólio do aplicativo [no Irã], mas bloquear o Telegram não é a solução, para criar um app nacional de mensagens.
Fonte: News.bitcoin
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