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Hack atinge o protocolo de finanças descentralizadas dForce, mas equipe consegue fazer com que o hacker devolva 19 milhões de reais

Postado por em 15 de February de 2023 , marcado como , ,

A plataforma de finanças descentralizadas (DeFi) dForce foi hackeada pela segunda vezem sua história. De acordo com um comunicado feito pela empresa, o acontecimento se deu na última sexta-feira, dia 10 de fevereiro. No entanto, assim como ocorreu no primeiro ataque, que a empresa sofreu em 2020, o hacker devolveu os fundos roubados para a plataforma.

No entanto, a devolução dos fundos da plataforma de finanças descentralizadas, a dForce, não aconteceu, pelo menos pelo que parece, de forma voluntária. Isso porque, para que reavesse os fundos roubados, a plataforma entrou em contato com o invasor solicitando a devolução do montante.

Na mensagem enviada, os desenvolvedores afirmaram que haviam descoberto o endereço de IP e outras informações pessoais do hacker e ameaçaram entregá-las às autoridades. Por conta disso, estima-se, o autor do hack atuou rapidamente, devolvendo o valor furtado à empresa.

Três dias depois que o ataque se deu, a dForce anunciou que o hacker havia concordado em devolver os 19 milhões de reais roubados de suas contas. No mesmo comunicado, a plataforma também aproveitou o espaço para observar que o invasor era um “whitehat” – um hacker ético que ajuda as empresas a identificar vulnerabilidades em seus sistemas de segurança.

Embora o retorno dos fundos roubados seja uma boa notícia para a dForce, o incidente destaca a necessidade de medidas adicionais de segurança na indústria de DeFi. A crescente popularidade das finanças descentralizadas a tornou um alvo atraente para hackers, e os hacks se tornaram cada vez mais frequentes.

Para proteger as plataformas DeFi, é necessário que elas implementem medidas robustas de segurança, como autenticação de dois fatores e monitoramento contínuo para identificar atividades suspeitas. Além disso, os usuários também devem tomar precauções, como armazenar suas chaves privadas offline e evitar o uso de senhas fracas.

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Hack do bem: Quando um hacker atua de forma a fazer com que a empresa atacada perceba suas vulnerabilidades

Os whitehats, como são conhecidos na Internet, são uma espécie de “hackers do bem”. Eles podem atuar de forma solo ou, ainda, em equipes, que utilizam todas as suas habilidades e conhecimentos computacionais em tecnologia da informação e, ainda, em cibersegurança para proteger sistemas operacionais e, ainda, redes, de ataques maliciosos.

Esses hackers trabalham de forma que identifiquem quais são as vulnerabilidades de um sistema informacional, bem como de redes e de outros aplicativos, fornecendo, às empresas atacadas, soluções para que seja possível tornar seus sistemas à prova de um hack cheio de más intenções.

Dessa forma, ao contrário dos hackers que são realmente mal-intencionados e que visam atuar de forma a explorar as vulnerabilidades de um sistema ou de uma rede para coletar dados sensíveis dos seus usuários ou, ainda, como se tornou comum no caso das criptomoedas, se apropriar indevidamente de recursos financeiros, os whitehats sempre atuam de forma a melhorar os procedimentos de segurança de uma empresa ou até mesmo de um governo – como acontece em todos os anos eleitorais no Brasil, quando whitehats testam a vulnerabilidade das urnas eletrônicas.

Os whitehats promovem hacks que podem ser ou não contratados pelas empresas. Muitos, logo após executarem um ataque, entram em contato com os desenvolvedores de forma voluntária, expondo falhas de segurança dos sistemas e explicando a maneira como conseguiram acesso aos sistemas ou redes do negócio.

Em outros casos, os whitehats são especificamente contratados por uma empresa, de forma que possam explorar seus sistemas computacionais de forma, então, remunerada.

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Estaria o hacker que atacou a dForce apenas preocupado com as ameaças que a equipe de desenvolvimento do protocolo DeFi fez?

A dForce, em seu anúncio, afirmou que o hacker que assolou os fundos da empresa e desviou uma quantia de 19 milhões de reais não tinha a intenção de manter o dinheiro da empresa consigo. Em uma mensagem, no entanto, a equipe de desenvolvimento da empresa afirma que a busca ativa pelo autor do hack pode ter despertado, nele, alguns sentimentos de ameaça.

Um caso bastante icônico serve de lição a quem tenta promover esse tipo de ação. Em 2022, Avraham Eisenberg foi acusado de desviar mais de meio bilhão de reais para suas contas pessoais, em um ataque promovido contra a Mango Markets, que também fez com que o hacker devolvesse o dinheiro roubado por meio dos mesmos procedimentos que a dForce pôs em prática.

 

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