FTX vê seu token despencar 11% depois de rumores que a empresa estaria passando por insolvência

Os rumores começaram a aparecer quando Cory Klippsten, do Swan Bitcoin, afirmou que o token FTX é controlado e impresso “do nada”. Isso fez com que, rapidamente, o valor do token emitido pela exchange começasse a cair vertiginosamente.

Sob pressão, o token nativo de uma das maiores exchanges do mundo, a FTX, acabou por perder cerca de 10% do seu valor em apenas 24 horas. O motivo é uma investigação que está sendo ainda conduzida sobre os ativos que compõem a FTX, bem como a sua empresa agregada, a Alameda Research, que estão sob forte ameaça de insolvência.

O recente movimento de despejo das criptomoedas criadas e lançadas ao mercado pela FTX começou logo depois que uma reportagem da CoinDesk veio a público, em que revelava que a exchange teria sido construída por Sam Bankman-Fried, em ativos inexistentes de fato.

As empresas de SBF são divididas em duas: a sua corretora, a FTX, e a Alameda Research, focada em negociações comerciais.

De acordo com a CoinDesk, houve a revisão de um documento financeiro de caráter privado, em que teria sido descoberto que a maior parte dos ativos que foram detidos pela Alameda estão em forma de tokens que não têm liquidez. Assim, a empresa não tem ativos de valor em suas reservas e, portanto, não pode assegurar seus clientes de que haveria, em qualquer caso, uma liquidação para ressarci-los. Ou seja: a empresa estaria cometendo uma das maiores fraudes da história do mercado de criptoativos.

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A Alameda Research estaria passando por uma insolvência?

Se o cenário de insolvência realmente se confirmar e a empresa realmente decretar a sua parada no mercado de criptomoedas, a Alameda Research pode estar em um terreno verdadeiramente instável e perigoso para os seus clientes.

Isso porque, se uma empresa do grupo de SBF colapsar, é provável que as perdas relacionadas ao mercado criado por ela comprometam o mercado de criptomoedas como um todo, devastando-o.

O relatório que traz essas informações e que tem o caráter de um documento financeiro privado foi alvo da própria CoinDesk, que afirmou que o documento por si só potencialmente representa apenas uma pequena parte de todas as finanças da Alameda Research.

Esse documento que foi obtido pela agência de notícias faz parte de um relatório que afirma que a Alameda Research tem mais de 14 bilhões de dólares em ativos e cerca de 8 bilhões de dólares em passivos.

Do outro lado disso, temos o comportamento de SBF em relação à própria FTX. De acordo com dados obtidos no mercado, o token vem sendo despejado de forma massiva, com mais de 23 milhões de tokens – o equivalente a cerca de 580 milhões de dólares – sendo transferidos da Binance.

Os rumores, nesse sentido, caminham por outro lado e afirmam que esse é o volume que a FTX investiu na Binance em FIT.

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Token FTT também paira em desconfiança do mercado

O token FTT é bastante semelhante ao token BNB, emitido pela Binance. Ele atua no ecossistema da FTX tal como um token de utilidade e oferece aos seus compradores diferentes benefícios, bem como os descontos em relação às taxas de negociação impostas a qualquer transação nesse mercado.

De acordo com Dylan LeClair, o problema reside de fato na Alameda Research, pois a maior parte do seu patrimônio líquido está voltado para altcoins que não têm liquidez.

Segundo Dylan LeClair, a Alameda Research conta com 14 bilhões de dólares em ativos, contra apenas 8 bilhões de dólares em ativos. Desses ativos, cerca de 3,6 bilhões estão compostos em FTT, 2,1 bilhões em garantias de FTT e 3,3 bilhões em criptomoedas SOL. Ainda, 800 milhões estão alocados em locked SOL e 134 milhões e 2 bilhões nos chamados títulos de ações. Diante desse cenário, a maior parte do patrimônio líquido da Alameda Research está, de alguma maneira, vinculado a altcoins que não têm qualquer liquidez.

Ainda em uma publicação feita na sequência desta última, Dylan LeClair afirma que é necessário colocar esses valores de mercado em perspectiva, dado que a maior parte dele é diluído em 8 bilhões de dólares. Dessa maneira, não é possível vender nem mesmo um milhão de dólares sem que o mercado seja empurrado de forma significativa para baixo. 

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