A Ethereum, depois de passar pelo The Merge, está vivendo um período de baixas, quando a expectativa era de que um movimento de alta tivesse início. O The Merge, ou a Fusão, era o momento mais esperado do ano no mercado criptográfico, pois, por meio dele, a expectativa era de que uma porta se abrisse para que o mercado como um todo disparasse em termos de valorização. O que não ocorreu, no entanto.
Menos de duas semanas após a atualização The Merge, o Ether vive um recuo de mais de 20% em seu valor de mercado, mesmo que opere sem nenhum problema decorrente da atualização. No último dia 26, sua perda de mercado chegou aos 11%.
Da atualização The Merge esperava-se diferentes cenários, mas nenhum deles foi tão inesperado quanto este que estamos vivendo neste momento, o de queda acentuada no valor do Ether, criptomoeda da rede Ethereum.
Isso porque o The Merge ocorreu como uma mudança na forma de validação das transações que ocorrem na rede Ethereum, de prova de trabalho, a mesma utilizada pelo Bitcoin, para prova de participação.
A mudança, por si só, não gera qualquer impacto positivo ou negativo em termos de valor relacionado ao token, ainda que, sem ela, o ganho de escalabilidade da rede fosse bastante afetado, reduzindo seu valor futuro.
As próximas atualizações que a rede deverá enfrentar, sim, terão efeitos relacionados diretamente ao valor dos seus tokens, mas devem resolver de forma definitiva as questões relacionadas ao ganho de escalabilidade da criptomoeda.
No mercado de ações um ditado é mais do que cabível ao mercado de criptoativos: um ativo sobe no boato, mas cai no fato. Essa máxima importada do mercado de ações cabe como uma luva ao mercado de criptoativos.
A resposta e o exemplo não poderiam ser mais claros, pois menos de uma semana após a atualização The Merge ocorrer, o mercado dos criptoativos viveu um período bastante curto de alta em suas cotações, mas que logo foi engolido pelo bear market – status que já se apresentava, vale dizer.
No entanto, logo depois que esse rali de alta de bear market se reestabeleceu, o “fato” começou a cair. E, caindo o fato, os investidores caíram nele, percebendo que não havia motivo concreto que sustentasse a disparada de valor do Ether. Com isso, a venda do ativo começou a ocorrer, fazendo com que seu valor caísse, conforme falamos, diante do fato.
O mercado de criptoativos, por ser ainda muito novo, não tem posições exatamente claras, o que pode resultar em baixa eficiência no momento em que se precifica suas ocorrências, mas, ao mesmo tempo, é um mercado altamente sujeito às manipulações – que podem ser tanto de notícias quanto, até mesmo, de cotações.
Por conta disso, os grandes momentos do mercado cripto, como o halving, no caso do Bitcoin, e o The Merge, no caso da Ethereum, acabam por ser grandes catalisadores de volatilidade, uma vez que atraem muita atenção e têm seus volumes de negociações muito aumentados.
Não existe ainda um preço justo para a Ethereum e, para sermos francos, para nenhum outro tipo de criptomoeda. Dessa forma, estabelecer um tempo mínimo pode ser bastante difícil, já que não temos a medida certa da valorização que poderemos ter ao longo do tempo.
Por conta disso, o tempo mínimo pode ser de poucos minutos, horas, dias, semanas, meses ou anos. Depende do que estamos esperando, na prática, e do valor que podemos desejar vir a alcançar.
Ainda assim, os efeitos do The Merge no valor do Ether devem, com o tempo, começar a aparecer – o que pode levar até cinco anos. Isso se deve, sobretudo, ao ganho de escala que a rede poderá começar a ganhar, bem como à baixa no valor das suas taxas de transação, que eram bastante altas.
Isso pode começar atrair novos projetos, fazendo com que a rede se torne novamente muito atraente e acabe por movimentá-la positivamente, fazendo com que haja alta em sua valorização.
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