O mês de setembro se confirma mais uma vez como um dos piores do segundo semestre no mercado cripto historicamente falando.
Hoje, no dia 17/09, com o Bitcoin apresentando sinais de instabilidade e baixa volatilidade, a maioria das moedas se encontram num patamar de queda, mesmo que momentâneo.
As criptomoedas IOTA (MIOTA) e EOS foram as que apresentaram valorização positiva expressiva nas últimas 24h, e é esse movimento que iremos analisar.
IOTA é uma criptomoeda criada em julho de 2016 para uso no campo de Internet das Coisas (Internet of Things – IoT). Sua rede é capaz de garantir a integridade dos dados de negociação sem a presença de mineradores e/ou taxas de transação.
Enquanto o mundo avança cada vez mais em direção a uma realidade onde as máquinas interagem entre si, o projeto da IOTA cai como uma luva.
Seu sistema “frictionless” permite justamente o que as máquinas precisam: taxas e tempo de validação nulos, fazendo com que o “delay” para se concluir uma ação seja bem próximo de 0.
Analisando o gráfico a partir do seu topo histórico em abril deste ano, podemos traçar uma linha de tendência de baixa (LTB) que foi rompida no dia 01/09. Como resultado disso, uma valorização de aproximadamente 100% se sucedeu, e seu preço saiu de 0.95 USD e chegou a alcançar a casa dos 2 USD.
alt: Gráfico com LTB traçada, indicando o momento de seu rompimento e a valorização resultante.
Traçando uma retração de Fibonacci a partir desse novo topo, conseguimos identificar possíveis pontos de entrada caso o ativo se mantenha em tendência de alta.
alt: Gráfico com retração de Fibonacci traçada e seus alvos sublinhados.
EOS é definido como um sistema operacional feito especificamente para empresas, permitindo que elas consigam construir aplicativos em Blockchain como uma forma alternativa à tradicional web, porém com uma estruturação bem parecida.
Existem dois pontos principais e em comum com a IOTA, que tornam a EOS especial: o primeiro, é a ausência de taxas de transação, e a segunda é o nível de escalabilidade que a rede suporta.
Segundo os desenvolvedores, sua blockchain é capaz de realizar milhões de transações por segundo, enquanto o BTC faz 7, ETH 15 e a Visa 65.000.
Olhando para o gráfico, podemos ver que seu movimento também está parecido com o da IOTA, porém, sem a explosão de preços. Traçando uma LTB a partir do último topo, podemos perceber que o preço está representando força ao buscar a LTB, mesmo com o BTC “caindo”. Isso mostra uma força compradora presente, assim como foi visto com Solana em períodos anteriores de queda, e ela se valorizava mesmo assim.
alt: Gráfico com LTB traçada e um possível toque indicado pelo círculo vermelho.
Utilizando o gráfico diário, podemos traçar uma retração de Fibonacci sobre o último movimento de alta, e disso conseguimos estipular alguns bons alvos para entrada visando o médio/longo prazo:
alt: Gráfico com retração de Fibonacci traçada e alvos destacados.
Combinando todos os fatores abordados no artigo, talvez uma nova tendência possa ser identificada: com um mercado em queda, e as criptomoedas que mais subiram são as que possuem taxa zero e foco em escalabilidade, esse pode ser um sinal de que a busca pela mais rápida e barata ainda não chegou ao fim.
Mas agora é um pouco diferente. Pelo fato de as duas moedas terem sido fundadas há mais de 4 anos, talvez esse seja outro fator que os investidores estão levando em conta: a prova de tempo. Projetos mais recentes tendem a ter menos confiança, e por outro lado, esses projetos citados já estão no mercado há bastante tempo.
O recente bug na rede Solana também pode ter sido um gatilho para essa alta, como se os investidores estivessem migrando de uma blockchain para outra, com o intuito de fugir do movimento de manada.
Siga o Criptoeconomia nas redes sociais!