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CDB: entenda o que é e como investir

Postado por em 25 de September de 2021 , marcado como

  A sigla CDB significa Certificado de Depósito Bancário e é um título de renda fixa, com isso, é perfeitamente indicado aos investidores que têm um perfil mais conservador isso porque em via de regra, envolve menos risco e tem a segurança semelhante ao da poupança, mas podendo oferecer mais vantagens. Ao aplicar no CDB o investidor empresta dinheiro ao banco e o mesmo devolve a quantia aplicado mais o juro acordado no momento do investimento. Já vamos falar de cara as principais características do CDB:

  • se trata de um investimento de curto e médio prezo;
  • emitido por bancos e caixas econômicas como forma de captação de recurso;
  • boa alternativa à poupança;
  • tem garantia FGC (fundo garantidor de crédito que assegura o investidor em casos de inadimplência da instituição que o dinheiro está aplicado).
  • pode ser boas alternativas de diversificação de carteira também para os investidores de perfis moderados e agressivos, dependendo do prazo e indexador.

Para entender como funciona a rentabilidade do CDB é preciso se familiarizar com outro termo, o CDI, que significa certificado de depósito interbancário. Também se trata de um título de curtíssimo prazo, de 1 dia útil ou como é usado no mercado: D+1, emitido por bancos, no entanto, as pessoas não conseguem comprar um CDI, apenas outras instituições bancárias e ele serve para que os bancos emprestem dinheiro entre si, o CDI é calculado a partir da média dessas operações diárias entre os bancos e é usado na rentabilidade pós fixada do CDB. Veja abaixo os tipos de rentabilidades do título:

Pós-fixada:

  • % do CDI: preferível em tendência de aumento de juros
  • CDI + spread (diferença entre juros comprados pelos bancos de empréstimos e o que ele oferece como rentabilidade aos investidores): preferível em tendencia de queda de juros
  • Índices de preços: Preferível para investidores de longo prazo, que buscam preservação de patrimônio: IGP-M e IPCA.

Pré-Fixado:

  • Preferível após ciclos de alta de juros. Nesse tipo de título, o investidor sabe a rentabilidade na hora da aplicação, sendo determinado o quanto receberá no vencimento.

Híbrido:

  • Combina as duas opções anteriores. Uma parte da rentabilidade é definida no momento da emissão do título, enquanto outra parcela usa índice econômico como referência.

Motivos para investir no CDB

Esse investimento é visto como uma alternativa à poupança, isso se deve ao fato de terem algumas semelhanças como oferecerem liquidez diária(pode ser resgatado a qualquer momento), é um investimento de fácil acesso, por estar disponível em diversas plataformas de investimento e claro, oferecer uma certa segurança, como falaremos mais adiante. A “alternativa” à poupança se deve ao fato de, mesmo com características próximas, o CDB ainda apresente uma rentabilidade melhor que a mesma, podendo chegar até o dobro de rendimento.

Outro bom motivo de investir no CDB é o valor mínimo para aplicação. Existem possibilidade de aplicação com valor de R$ 500,00.

Fundo Garantidor de Crédito

             As aplicações em CDBs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), isto é, aplicações de até R$ 250 mil são acobertadas por esse fundo caso a instituição em que o valor está aplicado tenha alguma crise e não consiga honrar com a devolução do principal aplicado mais juros, sendo essa uma das principais seguranças do título. Vale lembrar que a cobertura é por CPF ou CNPJ, por conjunto de depósitos e investimentos em cada instituição ou conglomerado financeiro, limitado ao teto de 1 milhão, a cada período de 4 anos. Exemplo: João tem R$ 250 mil aplicados em 5 diferentes bancos, em caso de crises e possibilidade de falência dessas instituições ele conseguirá receber de 4 instituições o valor aplicado, de uma delas ele perderá o valor considerando o teto de 1 milhão. E digamos que João e Maria tenham uma conta conjunta com o valor de R$ 300 mil, em caso de falência do banco eles conseguiriam receber R$ 250 mil, pois esse é o teto pago por instituição.

            Carência e Prazo

            Um CDB tem duas datas importantes que o investidor deve se atentar na hora de escolher uma opção para investir:

Prazo: É a data máxima que seu dinheiro pode ficar investido naquele CDB. Os prazos de vencimento após a aplicação variam de 30 dias a 1826 dias (5 anos), dependendo de cada emissor.

Carência: Data a partir da qual o CDB pode ser resgatado, caso o investidor solicite. Ou seja, somente a partir dessa data que o investidor poderá sacar o investimento.

Antes de aplicar é importante que o investidor tenha bem desenhado seus objetivos com aquele valor, se deseja resgatar logo ou se é um investimento de longo prazo para evitar possíveis problemas em uma eventual necessidade de resgate.

Risco do CDB

            O CDB oferece poucos riscos, por isso é uma ótima opção para o perfil mais conservador, além de contar com o FGC como falado antes. Porém, mesmo com uma boa segurança é importante considerar alguns riscos que estão presentes nesse investimento. O principal risco que podemos avaliar é o risco de crédito, que é a possibilidade de o emissor do título não honrar o pagamento acordado. Por isso, antes de investir, o investidor deve pesquisar sobre o rating da instituição emissora que ele pretende aplicar o dinheiro, isso porque o rating é a nota que cada empresa recebe por agência de rating que mostram a solidez da empresa no mercado, com essa nota é possível ver a capacidade de pagamento da empresa.

Tributação do CDB

            A tributação respeita o regime de imposto para títulos de renda fixa, que é a tabela regressiva abaixo:

1 – Até 180 dias alíquota de 22,5%

2 – De 181 a 360 alíquota de 20%

3- De 261 a 720 Alíquota de 17,5%

4 – Acima de 720 Alíquota de 15%

Além da cobrança de IR também tem incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) até o 29º dia de aplicação, que varia de 96% até 3%.

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