ICO

Advogada especialista em ICO dá dicas de como financiar um projeto

Postado por em 2 de April de 2018 , marcado como , , , , , ,

Levantar capital é um dos pontos cruciais para o financiamento de um projeto. Por isso, com o desenvolvimento da tecnologia blockchain, as Initial Coin Offering (ICO), se apresentam como caminho viável.

Para aprofundar o assunto e explicar o funcionamento das ICOs, o Portal Criptoeconomia, juntamente com a Blockspot Media, realizou um webinar gratuito na tarde da última quinta-feira (29) sob o comando da advogada especialista no assunto, Emília Malgueiro Campos.

Inicialmente focando nas características que definem um ICO, a Advogada explicou os tipos de token mais usuais e suas finalidades. São eles: Utility (também conhecido como User ou Servie), Equity ou Security e, por fim, Debt.

Campos explicou que a primeira categoria, os tokens Utility, dão direito ao comprador de se beneficiar e utilizar algum serviço oferecido pela plataforma. Ou seja, segundo ela, esse token é “o direito antecipado que esse investidor está comprando de participar da plataforma adquirindo algum tipo de serviço dentro dela”.

O segundo token de destaque foi o Equity ou Security. Semelhante ao modelo IPO, ele possui muitas características de um valor mobiliário, e, por isso, está sujeito as regulamentações de cada país.

“Em geral o token desse tipo garante para o investidor algum tipo de rendimento ou remuneração baseado no rendimento da plataforma. É quase como se ele fosse um dividendo da plataforma para o investidor. Ele pode garantir também algum tipo de participação do investidor nas decisões da plataforma, quase como se fosse um tipo de voto” Parece que esse tipo de token segue uma estrutura parecida com a de robôs Bitcoin como o crypto comeback pro.

O token Debt foi o último modelo apresentado e, em termos gerais, funciona como um empréstimo que o investidor faz para receber o montante aplicado e os juros no futuro.

“Em geral [os aportes] são feitos em criptomoedas, que podem ser em Ether e em Bitcoin, mas pode ser em qualquer outra criptomoeda e até em moeda Fiat”.

White Paper e a estruturação do token

A estruturação o token deve ser pensada visando o projeto, defende Campos. Dessa forma, ela desaconselha a escolha de um determinado token de acordo com a regulamentação, por exemplo.

“Não mude o seu projeto de acordo com a regulamentação. Mude o seu projeto de país(…) O seu token tem que fazer sentido com o seu projeto”.

O lançamento de um token tem mais chances de sucesso se houver um White Paper consistente e claro. Ao comparar com um prospecto de um IPO (Oferta pública Inicial de Ações), a advogada ressalta as características necessárias para esse documento:

  • Simplicidade: O White Paper precisa conter todas as informações básicas sobre o produto de uma forma clara e objetiva;
  • Design de funcionamento: De preferencia com imagens em detrimento de longas explicações;
  • Informações financeiras: Quanto espera-se arrecadar? Qual será o valor de cada token? Como serão utilizados esses valores?
  • Tecnologia: A descrição da plataforma que respalda o projeto, a fim de trazer mais segurança para o investidor.
  • Equipe: Apresentação do time que trabalhará no projeto.
  • Legal Adviser: Opinião jurídica que respalde a regulamentação do projeto.

“Basicamente é isso o que está sendo vendido. Qual a experiência em projetos semelhantes foram feitos por esse time?”

Campos não deixa de fora a importância crucial das redes sociais para a arrecadação de fundos, principalmente nessa fase inicial. Por isso um marketing bem desenhado, a escolha dos parceiros certos e a divulgação na rede precisam estar presentes.

“As mídias sociais falam línguas diferentes. A linguagem que o Facebook fala é diferente da proposta pelo LinkedIn. Então você precisa de um approach para falar com cada meio”.

Por fim a Advogada ressalta a importância de estar atento as regulamentações e jurisdições de cada país e se posiciona a favor das criptomoedas, ao se declara uma entusiasta das características que permeiam esse ativo.

O Webinar completo pode ser conferido no canal do Portal Criptoeconomia, no Youtube, neste link.

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