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TecBan lança sandbox do Real Digital para impulsionar a inovação no setor financeiro

Postado por Ana em 5 de July de 2023 , marcado como Criptomoedas, Mercado, NFT, Play-to-earn

A TecBan, empresa por trás da rede Banco24Horas, acaba de anunciar o lançamento de um sandbox do Real Digital, uma moeda digital de banco central (CBDC), para todas as instituições conectadas à sua rede. Essa iniciativa permitirá que empresas como o Tether, emissora do USDT, testem a emissão de contratos inteligentes utilizando o Real Digital.

O objetivo da TecBan é oferecer um ambiente virtual de testes para suas mais de 150 empresas parceiras do Banco24Horas, onde elas poderão desenvolver seus próprios casos de uso, aprimorar suas provas de conceito e criar pilotos de produtos e serviços relacionados ao novo marco do sistema financeiro nacional.

Luiz Fernando Lopes, gerente de Plataformas Digitais da TecBan, destaca a importância desse sandbox para impulsionar a inovação e permitir que as instituições financeiras explorem todo o potencial do Real Digital. A TecBan já está trabalhando em parceria com o Banco da Amazônia (BASA) para desenvolver o uso da Cédula de Produto Rural (CPR) tokenizada na infraestrutura do Real Digital.

O que são os sandboxes?

Os sandboxes oferecem benefícios significativos ao testar uma CBDC. Eles proporcionam um ambiente controlado e isolado para os desenvolvedores simularem transações, testarem recursos de segurança, identificarem possíveis vulnerabilidades e avaliarem o desempenho da CBDC em um ambiente seguro, sem afetar a infraestrutura real do sistema financeiro.

Além disso, os sandboxes permitem que os reguladores e as instituições financeiras experimentem e compreendam melhor os possíveis impactos e implicações da introdução de uma CBDC antes de sua implementação em larga escala. Essa abordagem ajuda a mitigar riscos, tomar decisões informadas e ajustar o design da CBDC para garantir sua estabilidade, segurança e eficiência.

Outra empresa que lançou um sandbox para o Real Digital é a BBChain, utilizando a infraestrutura da Microsoft. Essa parceria oferece às instituições financeiras a oportunidade de testar transações e desenvolver operações semelhantes às do projeto piloto, por meio de soluções baseadas em nuvem.

Segundo André Carneiro, CEO da BBChain, essa plataforma hospedada no Microsoft Azure permite que as empresas obtenham dados e informações detalhados sobre os benefícios, custos, riscos e retornos esperados relacionados ao uso da moeda digital.

É importante ressaltar que os sandboxes da TecBan e da BBChain não estão diretamente ligados aos testes do Real Digital promovidos pelo Banco Central, que envolvem a participação de 16 instituições e consórcios formados com outras empresas para ampliar a diversidade de participantes nos testes.

Especialistas destacam a importância de as empresas iniciarem imediatamente o processo de transformação digital, tendo em vista o avanço do Real Digital. Isso vai além de apenas criar um site, envolvendo a compreensão de quais processos podem ser automatizados para que eles estejam alinhados com a entrega de dinheiro.

À medida que o ambiente do Real Digital é desenvolvido em uma iniciativa de código aberto chamada Hyperledger Besu, compatível com uma máquina virtual que executa contratos inteligentes em outras redes, já é possível criar soluções inovadoras. Quando o Real Digital for lançado ao público, essas soluções precisarão apenas ser convertidas para a moeda brasileira.

Real Digital contará com tecnologia de segurança

A segurança é uma preocupação central nesse contexto. Fábio Araujo, coordenador da iniciativa do Real Digital no Banco Central, demonstrou preocupação com a privacidade da rede e a garantia de conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Portanto, é fundamental que as empresas invistam em profissionais qualificados e em medidas de segurança robustas para proteger os dados dos clientes.

Henrique de Castro, CEO da New Rizon, empresa de inovação tecnológica, destaca a importância de todos se atualizarem e se tornarem “tech-savvy”, ou seja, terem facilidade para aprender e utilizar novas tecnologias. Ele ressalta que não é necessário ser um programador ou um profissional de tecnologia, mas é essencial ter familiaridade com contratos inteligentes, tecnologia de registro distribuído (DLT), DvPs e os termos relacionados ao blockchain, observando como eles foram aplicados em outros países.

A transformação digital está se tornando uma necessidade cada vez mais premente no setor financeiro, e o sandbox do Real Digital proporciona um ambiente propício para as empresas explorarem, testarem e inovarem. Com uma mentalidade aberta, qualificação adequada e investimento em segurança, as instituições financeiras podem se preparar para a era do Real Digital e aproveitar as oportunidades que essa revolução trará. A hora de começar é agora!

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