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SEC acusa formalmente Sam Bankman-Fried por fraude, fundador da FTX

Postado por em 15 de December de 2022 , marcado como

A SEC processou Sam Bankman-Fried, ex-CEO da exchange de criptomoedas falida FTX, por suposta fraude contra investidores. Segundo o regulador do mercado de capitais americano, Bankman-Fried teria usado indevidamente recursos de clientes para resgatar sua empresa-irmã, a Alameda Research, e financiar seu estilo de vida luxuoso, além de doações feitas por ele a políticos.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) processou Sam Bankman-Fried, ex-CEO da exchange de criptomoedas falida FTX, por suposta fraude contra investidores. Segundo o regulador, Bankman-Fried teria usado indevidamente recursos de clientes para resgatar sua empresa-irmã, a Alameda Research, e financiar seu estilo de vida luxuoso, além de doações feitas por ele a políticos.

Enquanto acusação, a SEC alega que a Alameda recebeu secretamente status especial com linhas de crédito e isenção de protocolos de liquidação na FTX, dando-lhe o direito de acessar dinheiro de clientes. “Sam Bankman-Fried construiu um castelo de cartas com base em fraude, enquanto dizia aos investidores que era um dos locais mais seguros em cripto”, disse o presidente da SEC, Gary Gensler.

A SEC alega que Bankman-Fried assegurou aos investidores que suas empresas tinham uma governança sólida e uma boa condição financeira enquanto os mercados caíam e, consciente ou imprudentemente, empregou dispositivos, esquemas ou artifícios para fraudar.

Por volta de maio de 2022, com a queda dos preços das criptomoedas, Bankman-Fried teria instruído a Alameda a usar sua “linha de crédito” da FTX.

Bilhões de dólares de recursos de clientes da FTX teriam sido desviados para a Alameda e usados pela empresa para pagar empréstimos a terceiros. Bankman-Fried negou intencionalmente misturar recursos de clientes em entrevista ao jornal The New York Times.

A SEC acusa o ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, de ter desviado indevidamente os ativos dos clientes para seu hedge fund cripto de propriedade privada, Alameda Research LLC (“Alameda”), e usado o dinheiro para fazer investimentos de risco não divulgados, luxuosas compras de imóveis e grandes doações políticas.

As acusações surgem um dia depois que Bankman-Fried foi preso nas Bahamas. O Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA deve investigar a questão ainda hoje.

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Sam Bankman-Fried é preso nas Bahamas

O fundador da corretora de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried, foi preso nas Bahamas após a polícia do país receber uma notificação formal dos Estados Unidos apresentando acusações criminais contra ele. Bankman-Fried estava em seu apartamento em Nassau, a maior cidade da ilha, e é esperado que os Estados Unidos peçam a sua extradição.

De acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, os promotores dos Estados Unidos estão investigando como os recursos mantidos pela exchange cripto FTX foram transferidos para fora dos EUA enquanto o grupo seguia para falência. Eles também estão analisando se a FTX utilizou recursos de seus clientes para aplicações próprias e outras possíveis irregularidades.

O gabinete da Procuradoria dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York confirmou em um tuíte que procuradores indiciaram o ex-CEO do império FTX. Eles afirmam que “esperamos abrir a acusação pela manhã e teremos mais a dizer nessa hora”. Era previsto que Bankman-Fried comparecesse a um depoimento perante o Congresso dos EUA no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara na terça-feira (13).

A quebra da FTX resultou em prejuízo para mais de 1 milhão de credores. A empresa, junto com 130 de suas subsidiárias que atuam em diferentes ramos de negócios de ativos digitais, recorreram ao processo de proteção contra credores da Lei de Falências dos Estados Unidos, conhecida como Chapter 11, em novembro. O processo permite que a empresa continue operando e seja administrada por interventores acompanhados pela Justiça com o objetivo de ressarcir os credores.

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“Perdi o valor de uma casa”

Antônio* (nome fictício) é um dos brasileiros que perdeu suas economias ao investir na corretora de criptomoedas FTX. No mês passado, a empresa pediu abertura do processo de falência nos Estados Unidos.

Nesta segunda-feira, seu diretor-executivo (CEO) e fundador, Sam Bankman-Fried, foi preso nas Bahamas. A quebra da FTX, que era a segunda maior do mercado de criptomoedas, fez desaparecer cerca de US$ 1 bilhão a US$ 2 bilhões que pertenciam a seus clientes de vários lugares do mundo, e gerou uma nova crise de confiança nas moedas virtuais.

Há alguns anos, uma empresa de criptomoedas atingiu uma avaliação de mercado de US$ 32 bilhões e contava com 1,2 milhão de usuários registrados. O Brasil é um dos países que mais adotam ativos virtuais, sendo o sétimo no ranking de adoção de criptomoedas de acordo com uma pesquisa da plataforma de dados Chainalysis.

 

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