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Ripple considera comprar ativos da FTX, anuncia Brad Garglinghouse, CEO da empresa

Postado por em 28 de November de 2022 , marcado como

De acordo com o CEO da Ripple, a empresa considera comprar ativos da FTX. São, mais especificamente, as empresas da própria FTX, que eram focadas no atendimento de clientes empresariais.

O CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, afirmou estar interessado na compra de ativos da FTX, sobretudo aqueles que estavam focados no atendimento de clientes empresariais e que são braços da exchange agora falida.

A fala de Brad Garlinghouse foi feita durante a conferência Swell, em Londres, que foi realizada entre os dias 16 e 17 de novembro. De acordo com a fala de Brad Garlinghouse para o The Sunday Times, o ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, ligou para o CEO da Ripple dois dias antes da sua empresa decretar falência, ainda enquanto tentava encontrar investidores para salvar a exchange.

Na ligação, o CEO da Ripple ouviu de Sam Bankman-Fried que gostaria que fosse considerada a compra de propriedades da FTX, e se Brad Garlinghouse gostaria de possuir algumas delas.

Por parte de Brad Garlinghouse, a conversa tangenciou o tema da liquidez. Se Sam Bankman-Fried precisava de liquidez, talvez houvesse negócios que a FTX comprou e que a Ripple gostaria de possuir. De acordo com o CEO da Ripple, “eu definitivamente acho que isso era possível”.

No entanto, o CEO da Ripple também afirmou que agora, com o pedido de falência feito pela FTX nos Estados Unidos, a coisa muda um pouco de figura e pode ser que o negócio não se concretize, fazendo com que o cenário seja agora muito diferente do que teria sido antes do pedido de falência.

De acordo com Brad Garlinghouse, essas afirmações não querem dizer que não vão olhar para esses temas, pois ele tem certeza de que a empresa vai sim considerar a compra de ativos da FTX. No entanto, esse agora é muito diferente do que teria sido antes.

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FTX declara falência nos Estados Unidos e pelo menos 130 empresas afiliadas estão incluídas no pedido

São aproximadamente 130 as empresas afiliadas à FTX que foram incluídas no processo de falência da empresa, aberto em Delaware.

Algumas das subsidiárias da antiga gigante dos criptoativos, no entanto, não foram incluídas no processo incluem a câmara de compensação cripto, a LedgerX, bem como a FTX Digital Markets, FTX Australia Pty e, ainda, o processador de pagamentos da FTX, o chamado FTX Express Pay.

Brad Garlinghouse disse, ainda, que estaria interessado em comprar diferentes peças que serviam exclusivamente aos clientes empresariais.

De acordo com outros executivos da Ripple, como muitos outros na indústria de criptoativos, de forma geral, o desenrolar da história da FTX vem sendo acompanhado de perto pelo mercado como um todo.

No último dia 10 de novembro o diretor de tecnologia da Ripple, David Schwartz, por meio da sua conta no Twitter, enviou uma mensagem diretamente para os funcionários da FTX. Nessa mensagem, o diretor de tecnologia sugere que havia espaço na Ripple para quem estivesse interessado, desde que, ressaltou, não tivessem qualquer envolvimento com regras de compliance, bem como finanças ou, sobretudo, ética nos negócios da FTX.

A FTX, recentemente, nomeu a empresa de administração e de reestruturação Kroll como o seu agente para que seja possível rastrear todas as reivindicações feitas contra a exchange, a fim de garantir que todas as partes interessadas possam ser notificadas sobre o desenvolvimento do caso ao longo de todo o desenvolvimento do processo de falência que a empresa invocou, baseada no capítulo 11.

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FTX: Entenda o caso que acabou com uma das maiores exchanges do mundo

No começo de novembro uma crise de insolvência foi anunciada pela mídia especializada em um dos braços da FTX, a Alameda Research.

De lá para cá, a crise tomou uma proporção muito maior, atingindo também a FTX depois que seus clientes começaram a testar a capacidade de paridade da stablecoin FTT, que rapidamente perdeu valor de mercado, revelando que não havia lastro para sustentar as transações.

Com isso, a FTX acabou por pedir falência nos Estados Unidos, o que culminou também com a demissão do seu CEO e fundador, Sam Bankman-Fried, que está, até então, em um paradeiro desconhecido.

Além disso, a FTX também teve de bloquear saques dos seus investidores em todo o mundo a fim de se reestruturar, o que fez com que uma nova onda de pânico atingisse o mercado, nos mesmos moldes da crise Luna-Terra, em maio deste ano.

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