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O que causou a queda do Bitcoin?

Postado por em 24 de November de 2021 , marcado como , ,

O que causa a queda de uma criptomoeda? Ou, melhor, o que causou a queda do Bitcoin? Basta observar o mercado. Assim, conseguimos perceber com clareza os movimentos que a cripto vinha demonstrando nas últimas semanas. Depois de ralis que faziam com que o mercado ficasse realmente animado, sobretudo pela busca do recorde dos recordes, 100 mil dólares, nessa semana vimos um cenário que pode ser até desolador. Tanto o Bitcoin quanto o Ether, da Ethereum, amargaram perdas desastrosas.

Mas, quando se trata desse ativo, em particular, o que causou a queda do Bitcoin? A resposta não é simples.

Ainda que haja uma correlação entre a queda de diversos criptoativos ao longo das últimas semanas, ainda não se pode identificar ou mesmo dar nome a uma grande força do mercado. Força essa que raramente teria o poder de empurrar para baixo os preços dos ativos. No entanto, há que se dar o braço a torcer. Os mercados de derivativos já apontavam, há mais de um mês, que o mercado do Bitcoin estava, de alguma forma, sendo superestimado e que as máximas não durariam para sempre.

E, de fato, não duraram.

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Entenda, em termos práticos, o que causou a queda do Bitcoin

De forma prática, mas não simples, o Bitcoin apresenta os swaps perpétuos, que nada mais são do que os instrumentos futuros da cripto que mais são negociados no mercado. Ao negociá-los, no entanto, o trader deve pagar uma taxa de financiamento, que é o que vai garantir que o preço fique atrelado aos mercados spot.

Assim, a cada nova máxima que o Bitcoin atingia – estamos falando daquelas acima de 65 mil dólares – as taxas de financiamento também acompanharam a alta. Dessa forma, atingiram rapidamente o maior índice desde o mês de maio. Isso, na prática, não responde necessariamente o que causou a queda do Bitcoin, mas, ainda assim, determina um caminho para a nossa análise agora. Os traders estavam, ainda, realmente dispostos a pagar taxas mais elevadas para manter o crescimento da moeda. Mas…

Como as quedas invariavelmente chegaram, as taxas de financiamento também caíram para bem perto de zero. Isso aponta uma forte retirada do mercado, ou desalavancagem, como preferir, de um mercado que agora assume posições mais neutras em relação ao seu mérito.

Para entendermos isso, no entanto, não há outra saída senão aquela mais simples: observar a rede e tentar compreender como é que o mercado da cripto está se reajustando – ainda que lentamente – diante de tantas quedas. E o primeiro indício é o mais claro: há menor quantidade de criptoativos disponíveis no mercado.

A queda entra, o Bitcoin sai das exchanges 

“Compre na baixa, venda na alta”. Esse é um princípio simples de qualquer negociação em termos de ativos financeiros. No entanto, ela não se aplica, necessariamente, quando se trata de criptoativos.

Como há uma menor oferta disponível nesse momento, para a venda do cripto, menor também é a pressão que quem o tem sofre para vendê-lo. Isso ocorre também com outras criptos, como no caso do Ether.

Assim, com uma menor disponibilidade do ativo para venda, o que temos enquanto indício do mercado é que novas linhas podem ser redefinidas.

Especialistas apontam que elas podem chegar, enquanto linha de suporte, aos 50 mil dólares. Ainda que seja uma quantia substancial, compreende-se a distância entre ela e a projeção para o ano, que levaria o BTC à casa de 100 mil dólares.

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Especialistas falam que o BTC não chegará aos 100 mil dólares ainda em 2021

Isso se deve não a uma projeção infeliz ou mesmo pessimista do mercado e, sim, a um dado interessante que não pode escapar de qualquer análise. Aparentemente, não há interesse institucional pela moeda, o que fez com que o seu ETF não atingisse a casa dos desejados bilhões em investimentos tão logo foi lançado.

Dessa forma, quais são os outros caminhos que são apontados para a moeda?

Ainda vale a pena comprar Bitcoin?

Apesar de sabermos, agora, o que causou a queda do Bitcoin e que isso pode não representar uma boa hora para a compra da moeda, vale considerar que esse não seja um bom momento porque o próprio mercado encontra-se em um estágio mais “ganancioso”. Na prática, o que isso quer dizer é que com a atenção voltada às recentes altas do BTC, tivemos uma alta insustentável.

Isso, por fim, quer nos dizer que talvez não seja um bom momento porque cada movimento de correção – o que causou a queda do Bitcoin – é um momento em que as linhas de assistência e suporte podem sofrer cisões. E, sobretudo, serem redefinidas.

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