Regulamentação

Coreia do Sul encerra negociações anônimas com criptomoedas

Postado por em 31 de January de 2018 , marcado como , ,

O novo sistema de negociações de moedas digitais da Coreia do Sul entrou em vigor em todo o país ontem, encerrando a prática atual que permitia as trocas anônimas. Os traders devem abrir contas com nomes reais nos mesmos bancos das suas exchanges, a fim de depositar dinheiro para as trocas.

(Foto: Pixabay)

Sistema obriga adoção de nomes reais

A Coreia do Sul começou a converter as contas existentes de criptomoedas em contas que estejam associadas com nomes reais, conforme norma imposta pelo governo, ontem.

A implementação deste novo sistema de conta encerra, definitivamente, “o uso de contas anônimas em transações bancárias, para evitar que as moedas virtuais sejam usadas em esquemas de lavagem de dinheiro e outras atividades ilegais”, informou a agência de notícias Yonhap.

Até agora, os seis maiores bancos do país estão participando desse sistema. São eles: Banco Shinhan, Banco Nonghyup, Industrial Bank of Korea (IBK), Banco Kookmin, Banco Hana e o Banco Gwangju. De acordo com o Yonhap:

“A abertura de contas para negociações com criptomoedas foi suspensa por semanas, enquanto os bancos instalavam o sistema. O novo modelo garante apenas contas bancarias de nome real e contas correspondentes em criptomoedas para depósitos e saques”.

A publicação ainda ressaltou que “os estrangeiros e os menores de idade estão proibidos de abrir contas na Coreia do Sul”, e acrescenta, “o novo sistema também requer o compartilhamento de dados dos usuários com bancos para realizar as trocas de criptomoedas”. Os negociantes com contas virtuais existentes serão penalizados se continuarem depositando dinheiro nas contas atuais.

Criação de novas contas permanece estável

“O mercado previu muitos pedidos de aberturas de novas contas após a introdução do sistema de nome real”, escreveu o portal de noteicias Maekyung. No entanto, no primeiro dia, o noticiário observou que os bancos estão vendo poucas mudanças em relação ao ano anterior, acrescentando que alguns clientes podem ter aberto contas online.

Um representante do Industrial Bank of Korea disse à publicação que “não há grande diferença” no número de clientes abrindo contas no banco.

Um repórter da Chosun visitou várias instituições financeiras e não encontrou tráfego incomum. Em um ramo do Shinhan Bank, havia um “guia de clientes” classificados com termos relacionados com criptomoedas. Este setor também inclui orientações anti-lavagem de dinheiro.

Verificação do nome real

A Korea Business explica que “a verificação do nome real é possível apenas se houver uma conta do nome da pessoa vinculado ao banco que as companhias de trocas de criptomoedas são conveniados”.

Para abrir uma nova conta a fim de negociar essas moedas, os clientes “devem submeter documentos aos bancos; como contracheques, contas de serviços públicos e pagamentos do cartão de crédito”, detalhou o portal.

A Bithumb tem negociado com o Banco Nonghyup e o Banco Shinhan; já o Upbit se voltou para o IBK. A Coinone também estabeleceu parceria com o Nonghyup e a Korbit com o Banco Shinhan. “Olhando o número de contas virtuais sujeitas à conversão do sistema de nome real, o IBK conta com 570 mil usuários, o Banco Nonghyup com 1 milhão e o Banco Shinhan com 140 mil clientes, informou o Hankyung.

Prejuízo para as pequenas exchanges

Prevê-se que as pequenas e medias casas de trocas de criptomoedas sofram com a conversão para o sistema de nome real. De acordo com um relatório de um jornal local, os bancos estão relutantes em lançar novas contas para essas exchanges, já que não podem mais utilizar as contas corporativas existentes.

A Associação de Blockchain da Coreia revelou que 10 empresas dos seus 25 membros de exchanges de criotomoedas utilizam contas corporativas no lugar de constas virtuais. Eles incluem a Coinnest, Gopax, Coinlink, e a Eyalabs. A publicação citou a associação explicando que “as casas de trocas que não constituíram contas virtuais caíram no ponto cego da regulamentação”.

Fonte: News.Bitcoin

Siga o Criptoeconomia nas redes sociais!