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Core Scientific liquida boa parte do seu estoque de Bitcoin para conseguir se manter ativa com a queda das criptomoedas

Postado por em 6 de July de 2022 , marcado como

 

A Core Scientific, uma das mais importantes empresas de mineração de Bitcoin, que é até mesmo listada na Nasdaq, revelou no último dia 5 de julho que liquidou cerca de 7.200 Bitcoins no mês passado por pouco mais de 160 milhões de dólares, o que resulta em aproximados 23 mil dólares por cada uma das unidades vendidas.

De acordo com o anúncio, a empresa, que comercializou esses 7.200 Bitcoins acumulava cerca de 8.490 Bitcoins em seu caixa. Esse valor consiste em aproximados 0,04% de todo o fornecimento de Bitcoins desde que a criptomoeda passou a existir.

Juntamente com o anúncio da venda dessa quantidade realmente impressionante de Bitcoins, a empresa também comunicou que o dinheiro foi utilizado apenas como forma de cobrir as suas despesas, para fazer o pagamento de suas dívidas e, sobretudo, adquirir novos produtos para tentar fazer com que seu caixa aumente, mesmo com a crise que podemos observar no mercado.

A Core Scientific conta com uma fazenda de mineração com cerca de 180 mil ASICs, que são os equipamentos criados especificamente para as atividades de mineração de Bitcoin.

Ainda que impressionante, dado o volume de criptomoedas lançadas no mercado, a venda promovida pela Core Scientific não é nem a primeira e nem será a última promovida pelas mineradoras, que vêm se enxergando em maus lençóis com o chamado inverno criptográfico.

Embora o CEO da Core Scientific, Mike Levitt, tenha se pronunciado e dito que o trabalho que está sendo feito agora é fundamental para que se possa fortalecer as estruturas da empresa e aumentar a liquidez do mercado, esse momento é bastante desafiador e exige cautela, dado o tamanho estresse que a indústria de mineração de criptoativos vem passando.

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A Core Scientific segue, apesar da venda de Bitcoins, aumentando a sua capacidade de mineração

De acordo com o CEO da Core Scientific, Mike Levitt, a empresa vem, ao longo do mês de junho, mesmo com a venda de boa parte da sua reserva em Bitcoin, buscando aumentar a sua capacidade operacional em todos os seus data centers, que estão localizados nos estados da Carolina do Norte, Georgia, Dakota do Norte e Kentucky. Além de fazer esse importante comunicado, ainda também foi bastante elogioso em relação à empresa.

Isso porque a empresa já viveu outras crises no passado, quando as oscilações do Bitcoin eram ainda mais intensas. De lá para cá, no entanto, a empresa vem aproveitando o espaço tecnológico que foi capaz de “abrir” entre ela e outras empresas do mesmo segmento de mineração.

Atualmente, a Core Scientific vem produzindo entre 34 e 39 Bitcoins por dia de trabalho em seus data centers e de junho, quando fez a venda de boa parte do seu “estoque”, já minerou mais de 1100 novos Bitcoins.

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Qual o futuro das empresas focadas em mineração de criptomoedas?

A mineração de criptomoedas, seja de qualquer tipo de cripto ou até mesmo de tokens depende, necessariamente, da forma como o que ela produz se comporta no mercado.

Diante disso, em momentos de baixa no mercado a produção podem não ser sustentáveis, dado a energia e os equipamentos que são utilizados para que seja possível resolver cálculos complexos que resultam na criptomoeda.

Assim, a empresa pode não conseguir cripto suficiente para fazer com que as suas contas sejam pagas e a sua atividade melhor remunerada, dado que existem gastos fixos com pessoas, aluguéis, eletricidade e equipamentos – e, ainda, a necessidade de gerar lucro.

Diante disso, a recente queda de preço do Bitcoin, sobretudo, vem fazendo com que o mercado opere em uma baixa histórica, fazendo com que os mineradores, como no caso da Core Scientific, se encontrem em grandes apuros e operando sem lucro para conseguir manter seu funcionamento ou, ainda, liquidando suas criptomoedas armazenadas a fim de gerar receita – ainda que, com isso, o valor da cripto também caia.

Outras empresas focadas no mercado de mineração, como a Bitfarms, por exemplo, também têm chamado a atenção. Também em junho, a empresa, com sede no Canadá, comercializou mais de 3 mil Bitcoins a fim de conseguir manter-se com suas atividades e contas em dia, o que revela uma espécie de tendência que iremos observar nos próximos tempos caso o mercado não se recupere.

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