Na última semana a China introduziu um novo banimento em relação às criptomoedas e o Bitcoin, o segundo do ano. O primeiro era voltado aos mineradores, e o último torna ilegal qualquer tipo de transação com criptomoedas, um movimento já visto anteriormente pelos mais antigos do mercado.
Nesse artigo iremos analisar a reação do preço em comparação às guerras que a China já declarou ao BTC.
Em novembro de 2013 a China realizou seu primeiro ataque direto ao BTC e tudo o que ele representa, alegando o de sempre: proteger a economia interna e a ordem social e econômica.
O ataque se resuma a uma proibição de que bancos usem Bitcoin como uma moeda, alegando que as pessoas estariam usando-a para lavagem de dinheiro.
Analisando o mesmo período no gráfico, podemos ver uma correção do Bitcoin que durou 13 dias, com o preço caindo cerca de 65%. E seguido disso, uma valorização de 87% do BTC ocorreu nos próximos 18 dias, em janeiro de 2014.
Na transição de março para abril de 2014, a postura que o governo chinês adotava em relação às criptomoedas era de guerra explícita. No final de março, o governo decretou que até meados de abril, todas as corretoras deveriam encerrar suas operações.
Os bancos tradicionais, por sua vez, seguiram o governo, e pressionou as corretoras de criptomoedas. Várias delas pararam de aceitar depósitos em Yuan. Logo após o desespero dos investidores de varejo, a medida foi anulada, e o preço seguiu seu rumo natural.
Graficamente, o que vimos foi uma correção de 40% na cotação do BTC que durou 16 dias, seguida de uma alta de 53 dias, com uma valorização acumulada de 86% nos valores do Bitcoin.
Agora é o governo chinês que entra em cena no segundo semestre de 2017: usando a força estatal, o governo congela quase que instantaneamente as contas de corretoras de criptomoedas que atuavam no país, exigindo regras mais rígidas em relação a documentação e transparência, obrigando as empresas a suspenderem suas atividades até que tudo fosse regularizado.
Com essa manobra, a cotação do Bitcoin caiu quase 35%, e depois teve uma valorização de 500%, referente ao boom de preços no final de 2017.
No primeiro semestre desse ano, vimos a China tornar ilegal que instituições financeiras e empresas de pagamento realizassem qualquer transação com criptomoedas em geral. Essa medida entra em vigor um mês depois do Bitcoin ter alcançado sua máxima histórica.
A partir dessa notícia, vimos o preço do BTC cair cerca de 50%, e, depois de vários dias andando de lado, o Bitcoin voltou a ter uma valorização de 78%.
Na data que o pronunciamento foi divulgado, a cotação do Bitcoin recuou aproximadamente 20% em apenas 2 dias. E até então, estamos em um momento de lateralidade de preço, sem nenhuma valorização expressiva após essa queda.
Tomando o passado como base (o que não é recomendado de se fazer), podemos dizer que é apenas uma questão de tempo até que um novo “boom” do BTC aconteça.
Mesmo sem saber quais as verdadeiras intenções da China em relação as criptomoedas, uma coisa é certa: quando a China ataca as criptomoedas e elas caem de preço, em poucas semanas a cotação é recuperada, seja por uma anulação dessa proibição, ou pela absorção da oferta pelo mercado já existente.
Segundo os dados históricos, sempre que a China baniu o Bitcoin ou algo relacionado a ele que influenciasse diretamente o mercado, algum tempo depois era presenciada uma valorização considerável no ativo.
Será essa uma estratégia que o governo chinês criou para acumular BTCs mais baratos? Ou será mesmo uma guerra que eles não conseguem vencer?
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