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Bitcoin chega aos 29 mil dólares, o seu menor valor no último ano

Postado por em 13 de May de 2022 , marcado como

O Bitcoin é a primeira criptomoeda do mercado e, justamente por conta disso, uma das mais importantes dele. É a que conta com maior capitalização e com a maior taxa de valorização. Depois de um ano, no entanto, a criptomoeda voltou a ser operada na casa dos 29 mil dólares. Muito disso foi impulsionado por conta de outras criptomoedas e o reflexo que o derretimento delas acabou por causar no mercado.

Na última terça-feira, dia 10, o Bitcoin atingiu o seu menor preço do último ano, voltando a operar na casa dos 29 mil dólares. Esse valor representa uma queda de mais de 57% em relação ao seu recorde histórico, que foi de 68 mil dólares, no mês de novembro de 2021, momento em que as criptomoedas, como um todo, surfaram juntas nessa grande onda de valorização impulsionada pelo Bitcoin.

Quando analisamos o acumulado dos últimos 10 dias, podemos perceber que já ocorreu uma queda de quase 20% em relação ao valor da criptomoeda, o que é um sinal importante para o mercado de criptoativos – embora ainda não saibamos se é um sinal para comprar mais Bitcoin ou para aguardar um melhor momento de liquidar as nossas posições, o que teremos de analisar nos próximos dias, de acordo com a realidade de cada investidor.

Como o Bitcoin é a principal criptomoeda do mercado atual, é evidente que seus movimentos causam impactos importantes em outras criptomoedas e, desde que esse período de queda começou a tomar a proporção que, por fim, acabou por tomar, outras criptos também perderam valor de mercado, como a ETH, o BNB, SOL e ADA que acumularam cerca de 15% de perdas na última semana.

A mais resistente das maiores criptos, pelo menos em capitalização, foi a DOGE, que amargou apenas 10% de perdas.

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Como podemos explicar a queda do Bitcoin?

De acordo com Fabio Louzada, um dos maiores especialistas em criptomoedas do mercado brasileiro, o que levou ao cenário em que o Bitcoin vem apresentando, sequencialmente, quedas históricas, foi a aversão que o mercado coloca nesse momento, pelo menos, ao risco.

São pelo menos três os fatores que foram realmente determinantes para que o Bitcoin começasse a perder valor de mercado.

O primeiro deles é motivado pela inflação que o mercado financeiro dos EUA tem assistido, fazendo com que a taxa de juros básica do país fosse ajustada em 0,5%.

Outro ponto é a crise geopolítica desencadeada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que acabou por motivar investidores a buscar por ativos menos voláteis que as criptomoedas.

Por fim, um dos últimos pontos, mas não menos importante, é o lockdown em diversas cidades chinesas, como Shangai, motivado pela crise com a COVID-19, que fez com que o país mais próspero do mundo tivesse sua curva de crescimento econômico achatada.

Todas essas questões acabaram fazendo com que o mercado fosse mais resistente aos investimentos em criptoativos, o que tornou bastante tímido um esforço de recuperação que começou a ser traçado na última terça-feira.

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Ponto a ponto: a queda da principal e mais promissora criptomoeda de todos os tempos

Abaixo, analisamos ponto a ponto o que fez com que o Bitcoin acabasse por enfrentar esse momento de baixa histórica:

Conflito entre a Rússia e a Ucrânia

A guerra travada entre os dois países fez com que índices de inflação fossem alterados em todo o mundo, incluindo o Brasil, que agora conta com dois dígitos de inflação.

Nos Estados Unidos, a resposta para o aumento do índice de inflação foi a subida dos juros, o que faz com que os ativos mais arriscados se tornem mais voláteis. Por conta da insegurança do mercado, os investidores acabam se voltando para ativos com menor taxa de lucro, mas com maior segurança.

Estados Unidos

O aumento da taxa de juros em 0,5% nos Estados Unidos simboliza a maior alta dos últimos 22 anos e fez com que a taxa básica de juros por lá passasse a ser de 1% ao ano.

Isso vai fazer com que os investidores continuem a optar por sair de investimentos que representam maior risco, tal qual o Bitcoin, sobretudo se a taxa continuar a ser elevada.

Lockdown na China

O esforço das autoridades chinesas por conter o avanço da COVID-19 fez com que a China tivesse a maior desaceleração em sua economia dos últimos dois anos, recuando um dígito.

Com o lockdown, cidades inteiras estão paradas, afetando a produção interna e de exportação do país.

 

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